Apóstata - segundo a Bíblia

Debates e discussões acerca das crenças, doutrinas e a história das Testemunhas de Jeová.
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Vitor Nascimento Sá
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Re: APÓSTATA - Eu sou/Eu não sou

Mensagem não lida por Vitor Nascimento Sá »

Artur,


Não entendi sua resposta.
Você poderia explicar?
Nada pode perturbar mais do que "olhar para fora e aguardar de fora respostas a perguntas a que talvez somente seu sentimento mais íntimo possa responder na hora mais silenciosa." Rainer Maria Rilke
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Artur Germano
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Re: APÓSTATA - Eu sou/Eu não sou

Mensagem não lida por Artur Germano »

Vitor Nascimento Sá escreveu:Artur,


Não entendi sua resposta.
Você poderia explicar?
Com todo o Prazer: Eu solicitei por duas vezes ao Sr. Victor Rito , que se limitasse a responder a pergunta do tópico: O que aconteceu com o ladrão, e as respostas dele eram com cartas que ele havia mandado para o corpo governante. Eu lhe avisei por duas vezes que ele não fizesse isso e ele tornou a postar assuntos que não diziam respeito ao tema. Portanto estou devolvendo para ele as postagens que este Sr. fez no meu post.
Abço.
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Artur Germano
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Re: APÓSTATA - Eu sou/Eu não sou

Mensagem não lida por Artur Germano »

Olá Artur Germano

em 13 Out 2009 12:52

Pergunto-lhe então: O que acha que eu sou?Você é capaz de responder a esta pergunta. Confie em si. (Mateus 12: 37; Romanos 3:4)


Foram dadas orientações aos anciãos sobre como podem proteger as congregações locais contra o perigo da "apostasia



Um ançião tentando fazer o papel de Deus e Jesus Cristo!?!?!? A mando da Torre. -o sublinhado é meu




ERRADO.



Um abraço.
Victor Rito



PS: Para que você não tenha mais dúvidas, vou colocar uma carta que escrevi a BETEL, a este respeito:


2005-05-20

Lemos:

Pastoreio teocrático
15 O povo de Jeová precisa ter um conceito teocrático para participar plenamente na expansão da Sua organização. Como pode conseguir isso? Ora, o que quer dizer o termo “teocrático”? O Novo Dicionário do Século Vinte, de Webster, em inglês, define “teocracia” como “o governo dum estado exercido por Deus”. É neste sentido que a “nação santa” do povo de Jeová é uma teocracia. (1 Pedro 2:9; Isaías 33:22) Os verdadeiros cristãos, como membros ou associados dessa nação teocrática, têm de viver e servir em obediência à Palavra de Deus e aos princípios dela.
16 O apóstolo Paulo explica claramente em que sentido os cristãos devem ser teocráticos. Primeiro, ele diz que eles ‘devem revestir-se da nova personalidade, que foi criada segundo a vontade de Deus, em verdadeira justiça e lealdade’. A personalidade do cristão tem de ser amoldada aos princípios justos de Deus, especificados na Sua Palavra. Tem de ser leal a Jeová e às Suas leis. Depois de ilustrar como se pode fazer isso, Paulo exorta: “Tornai-vos imitadores de Deus, como filhos amados.” (Efésios 4:24–5:1) Como filhos obedientes, temos de imitar a Deus. Esta é a teocracia genuína em ação, mostrando que realmente somos governados por Deus! — Veja também Colossenses 3:10, 12-14.
17 Que qualidade principal de Deus devemos imitar? O apóstolo João responde em 1 João 4:8, ao dizer: “Deus é amor.” Oito versículos mais adiante, no versículo 16 , ele repete este princípio vital: “Deus é amor, e quem permanece no amor permanece em união com Deus, e Deus permanece em união com ele.” O grande Pastor, Jeová, é a personificação do amor. Os pastores teocráticos o imitam por mostrarem profundo amor pelas ovelhas de Jeová. — Veja 1 João 3:16, 18; 4:7-11_w 93 1/1 p22.


Daqui se infere que nem toda a actuação dos pastores é teocrática. Afirmar que sim, equivaleria a afirmar que a vontade de Deus já está a ser feita na terra.
Portanto, os pastores cristãos fariam bem em atentar nas seguintes palavras de Jesus: “eu vos digo que, se a vossa justiça não abundar mais do que a dos escribas e fariseus, de modo algum entrareis no reino dos céus”.

O irmão Joaquim Cardoso contou na última assembleia de circuito uma ilustração muito interessante. Dizia respeito a uma águia e um corvo. O corvo querendo fazer-se mais inteligente do que a águia disse para ela: Ò águia viste aquele coelho morto lá em baixo?! Sim, corvo eu vi o coelho morto e a causa da morte dele. Viste aquela dentada na perna? A águia seria Jeová e os corvos seriam os da assistência. É caso para perguntar se o irmão Joaquim Cardoso se revia na águia ou no corvo.
Tomando como argumento o texto de Isaías 55:8 de que os pensamentos e os caminhos de Jeová são mais altos do que os ‘nossos’, o irmão Rui Pedro no último Estudo do Livro justificou o facto de, por vezes não compreendermos algumas decisões do corpo de anciãos. Caímos no mesmo círculo vicioso: Dizer que os pensamentos e os caminhos dos corpos de anciãos são os de Deus é similar a afirmar que eles nunca erram. E, se assim é, então dever-se-ía poder dizer a respeito destes o mesmo que a respeito do reino: ‘Os corpos de anciãos não passarão a qualquer outro povo’ _Veja-se por favor Daniel 2:44. Talvez se possa argumentar: Os corpos de anciãos passam a outro povo, precisamente porque alguns deles deixam de fazer a vontade de Deus. Isto é verdade, mas para isso teríamos de admitir que a vontade de Deus já está a ser feita dentro da congregação assim como fora dela. Não é Jeová o Soberano Senhor? E, então faz sentido a pergunta: Porque orar pela vinda do reino?
Prova evidente de que as coisas nem sempre estão bem nas congregações é aquilo que Paulo escreveu em forma de pergunta, em 1 Cor. 6:6: “irmão vai a juízo contra irmão, e isso perante incrédulos”. Por outro lado, colocou “as autoridades superiores” em luz favorável quando as chama por duas vezes de “ministro de Deus”, em Romanos 13:4. Não deviam estas palavras de Paulo induzir os cristãos a acatarem a sua admoestação de ‘se certificarem do que é aceitável para o senhor’, em vez de presumirem que, não importa o que aconteça é a vontade de Deus?
Os que pensam desta maneira deviam tirar algum tempo para reflectir nas seguintes palavras dele:
“Nenhum homem vos engane com palavras vãs, pois, por causa das coisas já mencionadas [inc. “conduta vergonhosa”] vem o furor de Deus sobre os filhos da desobediência. Portanto, não vos torneis co-participantes deles; pois outrora éreis escuridão, mas agora sois luz em conexão com [o] Senhor. Prossegui andando como filhos da luz, pois os frutos da luz consistem em toda sorte de bondade, e justiça, e verdade. Persisti em certificar-vos do que é aceitável para o Senhor; e cessai de compartilhar com [eles] nas obras infrutíferas que pertencem à escuridão, mas, antes, até mesmo [as] repreendei, pois as coisas que eles realizam em secreto são vergonhosas até mesmo para relatar. Ora, todas as coisas que estão sendo repreendidas são tornadas manifestas pela luz, pois tudo o que está sendo manifestado é luz. Por isso ele diz: “Desperta, ó tu que dormes, e surge dentre os mortos, e o Cristo brilhará sobre ti.”
Assim, mantende estrita vigilância para não andardes como néscios, mas como sábios, comprando para vós todo o tempo oportuno, porque os dias são iníquos. Por esta razão, deixai de ficar desarrazoados, mas prossegui percebendo qual é a vontade de Jeová” _Efé. 5:6


O irmão Valter Cardoso disse-me hoje ao telefone que a acusação que pende sobre mim é calúnia. Pergunto: como pode ser esta a acusação, se o irmão Aurélio disse na frente de mais três anciãos que, essa acusação já tinha sido retirada? E onde está a carta das acusações contra mim, de Mário Domingues mencionada pelo irmão Rui Jorge e redigida antes da reunião de 5/3/2005, onde surgiu a questão de eu ter ‘chamado iníquo a este’? Afinal, há acusações ou não há acusações? Se há acusações, são de quem? E, são anteriores ou posteriores à data da reunião?

Lemos:

“Ai dos que puxam o erro com cordas de inveracidade, e o pecado como que com cordas de carroça; os que dizem: “Acelere-se o seu trabalho; que venha depressa, a fim de que [o] vejamos; e chegue-se e venha o conselho do Santo de Israel, para que [o] conheçamos!”
Ai dos que dizem que o bom é mau e que o mau é bom, os que põem a escuridão por luz e a luz por escuridão, os que colocam o amargo pelo doce e o doce pelo amargo!
Ai dos que são sábios aos seus próprios olhos e discretos mesmo diante das suas próprias faces!
Ai dos que são poderosos em beber vinho e dos homens de energia vital para misturar bebida inebriante, os que declaram justo ao iníquo em troca de suborno e que até mesmo ao justo tiram a sua justiça!
Por isso, assim como a língua de fogo consome o restolho e nas chamas sucumbe a mera grama seca, sua própria raiz se tornará igual ao cheiro de mofo, e a própria flor deles subirá como poeira, por terem rejeitado a lei de Jeová dos exércitos e terem desrespeitado a declaração do Santo de Israel. Por isso é que se acendeu a ira de Jeová contra o seu povo, e ele estenderá contra eles a sua mão e os golpeará. E os montes se agitarão, e seus cadáveres ficarão como carniça no meio das ruas” _ Isa. 5:18-25.

No Tribunal a audiência realizada em 1 de Maio de 2005 a respeito da regulação do poder paternal da Raquel, foi toda gravada para se poderem desfazer eventuais equívocos. Na reunião com o irmão Aurélio foi-me dito que gravar seria por si só, motivo de desassociação. Nunca o faria e não estou aqui a recomendar nenhum método, mas parece-me que denota uma vontade de apurar a verdade dos factos. E, não só isto, mas toda a dinâmica envolvida nesta causa transmite essa impressão. Tenho agora um conceito muito melhor das “autoridades superiores” _Rom. 13:1.

E, que dizer das minhas acusações devidamente fundamentadas?

“Deve haver decisão inspirada sobre os lábios do rei; no julgamento, sua boca não se deve mostrar infiel.
Fiel e balança justos pertencem a Jeová; todos os pesos de pedra da bolsa são seu trabalho.
Fazer o que é iníquo é algo detestável para os reis, porque é pela justiça que se estabelece firmemente o trono” _Prov. 16:10-12.

Tomemos a peito as seguintes palavras:
“Tornai-vos unidamente imitadores meus, irmãos, e ficai observando os que estão andando dum modo que está de acordo com o exemplo que tendes em nós. Pois há muitos, os quais eu costumava mencionar muitas vezes, mas agora os menciono também com choro, que estão andando como inimigos da estaca de tortura do Cristo, e o seu fim é a destruição, e o seu deus é o ventre, e a sua glória consiste na sua vergonha, e eles fixam as suas mentes nas coisas da terra.
Por conseguinte, meus amados e saudosos irmãos, minha alegria e coroa, mantende-vos deste modo firmes no Senhor, amados” _Fil. 3:17-19;4:1.

Lemos:

7 Permanecer firme na fé (2:13–3:18). Paulo continua: “Somos obrigados a agradecer sempre a Deus por vós, irmãos amados por Jeová, porque Deus vos seleccionou desde o princípio para a salvação, por santificar-vos com espírito e pela vossa fé na verdade.” Para este fim as boas novas lhes foram declaradas. Os irmãos devem, portanto, permanecer firmes e manter seu apego às tradições que lhes foram ensinadas, para que Jesus Cristo e o Pai, que deram amorosamente consolo eterno e esperança, os façam “firmes em toda boa acção e palavra”. (2:13, 17) Paulo pede que orem “para que a palavra de Jeová prossiga rapidamente e seja glorificada”. (3:1) O Senhor, que é fiel, os tornará firmes e os livrará do iníquo, e Paulo ora para que o Senhor continue a dirigir seus corações com êxito no amor de Deus e na perseverança pelo Cristo.
8 Segue-se uma forte admoestação: “Ora, nós vos ordenamos, irmãos, no nome do Senhor Jesus Cristo, que vos retireis de todo irmão que andar desordeiramente e não segundo a tradição que recebestes de nós.” (3:6) O apóstolo lembra-lhes o exemplo que seu grupo missionário deu, labutando noite e dia, para não se tornar carga para eles, de modo que podiam ordenar: “Se alguém não quiser trabalhar, tampouco coma.” Mas agora ouvem dizer que certos desordeiros não trabalham e se intrometem na vida dos outros. Estes devem passar a ganhar o seu próprio sustento. — 2 Tes. 3:10; 1 Tes. 4:11.
9 Os irmãos não devem desistir de fazer o que é correcto. Mas, se alguém não for obediente à carta de Paulo, a congregação deve fazê-lo envergonhar-se por não mais se associar com ele, ao mesmo tempo admoestando-o como irmão. A oração de Paulo é no sentido de que o Senhor da paz lhes dê “constantemente a paz, de toda maneira”, e ele conclui sua carta com cumprimentos escritos pelo seu próprio punho. — 2 Tes. 3:16 _si 233.


Queremos fazer as coisas à nossa maneira, segundo o que nos parece bom ou do modo de Jeová?

Lutemos pela Teocracia.



Vosso irmão,



(Victor Rito)
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Wesley MF
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Re: APÓSTATA - Eu sou/Eu não sou

Mensagem não lida por Wesley MF »

Amigos, tudo depende do referencial aplicado.

Apostasia é o abandono de determinada fé.

Somos apostatas "em relação " a Torre de vigia, pois abandonamos a fé que eles pregam.

Da mesma forma um TJ (ex católico) também é apostata para os católicos, pois abandonou a fé católica para seguir a torre.

Da mesma forma que um Espirita será apostata para o espiritismo se o abandonar e se tornar um evangélico.

Até Jesus Cristo era apóstata para os religiosos de sua época, pois derrubou certos princípios da lei antiga, como por exemplo, o "olho por olho".

Não existe "apóstata universal", apenas "apóstata por referencial".
Thinking...
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Re: APÓSTATA - Eu sou/Eu não sou

Mensagem não lida por Abenildo »

Galera, vamos acabar com essa troca de "elogios".
Como diria FHC, "Assim não dá, assim não é possível!"


Respondendo ao tópico:
O maior apóstata é o Corpo Governante que vive apostatando de si mesmo!
Eu? Sou apóstata, com muito orgulho, deste Corpo Governante.
Nós somos madeira de lei que cupim não rói!!!! Ariano Suassuna, Capiba.
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Quasextj
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Re: APÓSTATA - Eu sou/Eu não sou

Mensagem não lida por Quasextj »

Eu não sou apóstata!! Quando recém nascido fui batizado pela Igreja Católica Apostólica Romana e ninguém me dasassociou dessa igreja, como também não pedi para sair. Então, acredito que eu não sou apóstata. Ou será que sou? :D
Seja feliz, pense em coisas boas!
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Re: APÓSTATA - Eu sou/Eu não sou

Mensagem não lida por dr.horrormentes »

Quasextj escreveu:Eu não sou apóstata!! Quando recém nascido fui batizado pela Igreja Católica Apostólica Romana e ninguém me dasassociou dessa igreja, como também não pedi para sair. Então, acredito que eu não sou apóstata. Ou será que sou? :D
Agora não me recordo mas tem uma forma de pedir uma anulação de batismo sim da ICAR, tem uma carta que você envia para eles, não sei maiores detalhes!!
Verdades sustentadas por motivos irracionais podem ser mais nocivas do que erros bem pensados.
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Re: APÓSTATA - Eu sou/Eu não sou

Mensagem não lida por KrrishTJ »

Eu não sou apostata não. Apesar de ainda ser TJ, não acreditar mais na Torre, e estar neste forum, não me faz me sentir um "apostata"... Acho a palavra muito pejorativa, além do mais conforme já exposto este termo é relativo, depende do ponto de vista... então eu não sou apostata de nada. oxe. d:8
"Uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa" (Tiririca)
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Re: APÓSTATA - Eu sou/Eu não sou

Mensagem não lida por alexandra »

KrrishTJ escreveu:Eu não sou apostata não. Apesar de ainda ser TJ, não acreditar mais na Torre, e estar neste forum, não me faz me sentir um "apostata"... Acho a palavra muito pejorativa, além do mais conforme já exposto este termo é relativo, depende do ponto de vista... então eu não sou apostata de nada. oxe. d:8
Concordo com vc KrrishTJ.
Não me sinto apóstata só porque virei costas a uma religião. Continuo a ter as minhas crenças. Se para a Torre virei apóstata, então que seja. :D1
Victor Rito
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Re: APÓSTATA - Eu sou/Eu não sou

Mensagem não lida por Victor Rito »

Olá

Gostaria de chamar à atenção que o termo Apóstata, podendo ter vários significados, como foi aqui demonstrado, foi definido préviamente, para se ajustar ao conceito bíblico e, é nesse sentido que se está a pretender enquadrar cada um de nós, que não temos problemas em assumir-nos como somos.


Portanto, o que aqui conta é a verdade a respeito do Criador do céu e da terra. Para ajudar a determinar o seu sentido, vou falar de um homem que viveu no segundo século da Era Comum, o cristão Irineu.

Irineu, na introdução de sua extensa obra literária, intitulada “Refutação e Desmascaramento do Falsamente Chamado Conhecimento”, escreveu: “Certos homens, rejeitando a verdade, estão introduzindo entre nós histórias falsas e genealogias vãs, que se prestam mais a controvérsias, conforme disse o apóstolo [1 Timóteo 1:3, 4], do que à obra de Deus de edificação da fé. Por meio de sua retórica astutamente elaborada, seduzem a mente dos inexperientes e levam-nos cativos, corrompendo os oráculos do Senhor e sendo disseminadores malignos do que foi bem exposto.”

Irineu empenhou-se em expor as perigosas inexatidões do gnosticismo, uma forma apóstata de cristianismo. Antes disso, o apóstolo Paulo alertou Timóteo a desviar-se de tal ‘falsamente chamado conhecimento’. — 1 Timóteo 6:20, 21.

Os gnósticos (da palavra grega gnó·sis, que significa “conhecimento”) alegavam ter conhecimento superior através de revelações secretas e jactavam-se de ser os “corretores dos apóstolos”. O gnosticismo mesclava filosofia, especulação e misticismo pagão com o cristianismo apóstata.

Irineu negou-se a ter parte nisso. Antes, empreendeu uma luta vitalícia contra os ensinos heréticos. Não há dúvida de que ele estava bem cônscio da necessidade de aplicar a advertência do apóstolo Paulo: “Acautelai-vos: talvez haja alguém que vos leve embora como presa sua, por intermédio de filosofia e de vão engano, segundo a tradição de homens, segundo as coisas elementares do mundo e não segundo Cristo.” — Colossenses 2:8; 1 Timóteo 4:7.

Pouco se sabe sobre a formação e a história pessoal de Irineu. Supõe-se que era nativo da Ásia Menor, nascido entre 120 EC e 140 EC, na cidade de Esmirna ou nas suas cercanias. O próprio Irineu diz que, no início de sua juventude, conhecia bem Policarpo, um dos superintendentes na congregação de Esmirna.

Enquanto aprendia sob a tutela de Policarpo, Irineu aparentemente ajudava Florino.

Policarpo era o elo vivo de continuação dos apóstolos. Explicava amplamente as Escrituras e era vigoroso em recomendar aderência aos ensinamentos de Jesus Cristo e dos Seus apóstolos.

Não obstante este treinamento bíblico de primeira linha, Florino mais tarde desviou-se para os ensinamentos de Valentim, o mais preeminente líder do movimento gnóstico!

Irineu queria ver seu amigo e ex-associado, Florino, restabelecido nos bem fundados ensinamentos bíblicos e resgatado do valentinianismo. Portanto, Irineu sentiu-se induzido a escrever a Florino o seguinte: “Tais doutrinas, Florino,. . . não são entendimento sólido; tais doutrinas não são compatíveis com a igreja e envolvem os que as seguem na maior impiedade de todas;. . . tais doutrinas, aqueles presbíteros, que estavam em nossa presença e que eram íntimos dos apóstolos, não transmitiram a ti.”

No esforço de fazer Florino recordar o excelente treinamento recebido aos pés do distinto Policarpo, Irineu continuou: “Lembro-me dos acontecimentos daquela época . . . de modo que posso dizer até mesmo em que lugar o abençoado Policarpo costumava sentar-se e discursar. . . Também, como ele falava de seu relacionamento familiar com João e com os demais que viram o Senhor; também como ele costumava narrar as palavras deles.”

Relembrou-se a Florino que Policarpo ensinou o que recebera “das testemunhas oculares da Palavra da vida, [e que tinha] relatado tudo em harmonia com as Escrituras. Essas coisas, pela misericórdia de Deus conferida a mim, eu ouvi então, anotando-as, não em papel, mas no meu coração; e, continuamente, pela graça de Deus, eu as reavivo cuidadosamente na minha mente. E [com respeito ao valentinianismo] posso dar testemunho, à vista de Deus, de que se aquele abençoado e apostólico presbítero [Policarpo] tivesse ouvido tal coisa, ele teria protestado e tapado os ouvidos. . . Teria abandonado o lugar no qual, sentado ou de pé, tivesse ouvido essas palavras.”

Não há registro de que Florino tenha alguma vez respondido à tocante e vigorosa carta de Irineu. Mas as palavras de Irineu revelam sua genuína preocupação com o querido amigo que abandonara a vereda da verdade e sucumbira à apostasia. — Veja 2 Tessalonicenses 2:3, 7-12.

Não se sabe quando Irineu fixou a sua residência em Gália (França). Em 177 EC, ele servia como superintendente na congregação em Lião. Consta que o seu ministério ali foi muito frutífero. De fato, o historiador Gregório de Tours relatou que, em pouco tempo, Irineu conseguiu converter toda a Lião ao cristianismo. Isto, sem dúvida, foi um exagero.


A principal obra de Irineu, “Refutação e Desmascaramento do Falsamente Chamado Conhecimento”, era comumente chamada de “Contra as Heresias”. Ela está dividida em cinco volumes. Os dois primeiros contêm uma descrição crítica das crenças de diversas seitas heréticas, em especial da heresia valentiniana. Nos outros três, Irineu procura expor “argumentos das Escrituras”.

Na introdução do terceiro volume de “Contra as Heresias”, Irineu escreve: “Mantém em mente, pois, o que já disse nos dois volumes anteriores; e, acrescentando o que segue àquilo, tu terás de mim uma plena réplica a todos os hereges, e poderás resistir-lhes fiel e denodadamente em defesa da única verdadeira e vivificante fé, que a Igreja recebeu dos apóstolos e transmite a seus filhos. Pois o Senhor de todos deu aos apóstolos o poder do evangelho, e, por meio deles, nós também aprendemos a verdade, isto é, o ensinamento do Filho de Deus — como o Senhor lhes disse: ‘Aquele que vos escuta, escuta a mim; e aquele que vos despreza, despreza a mim e àquele que me enviou.’”

Embora Irineu admitisse não ser um bom escritor, estava determinado a expor todos os aspectos dos “ensinos malignos” do gnosticismo. Ele cita e comenta muitos textos e argumenta magistralmente contra os “falsos instrutores” de “seitas destrutivas”. (2 Pedro 2:1-3)

A exposição que Irineu fez foi evidentemente concretizada após grande esforço e muito estudo. Seus extensos argumentos suprem uma riqueza de informações acerca das origens e dos fenômenos do gnosticismo. Os escritos de Irineu são também um inestimável índice de pelo menos alguns dos conceitos bíblicos que ainda eram adotados por aderentes à Palavra de Deus no fim do segundo século EC. Irineu repetidas vezes reafirma crer em “um só Deus, o Pai Todo-poderoso, que fez os céus, e a terra, e os mares, e tudo o que neles há, e em um só Cristo Jesus, o filho de Deus, que foi feito carne para a nossa salvação”. Estes fatos os gnósticos negavam!

Falando contra o docetismo gnóstico (o ensino de que Cristo nunca veio na forma humana), Irineu escreveu: “Cristo forçosamente tem de ser um homem, como nós, se há de redimir-nos da corrupção e tornar-nos perfeitos. Assim como o pecado e a morte entraram no mundo por intermédio de um homem, da mesma forma só podiam ser legitimamente expungidos, e isso para o nosso benefício, por intermédio de um homem; embora, naturalmente, não por meio de um que fosse mero descendente de Adão e, portanto, ele mesmo em necessidade de redenção, mas através dum segundo Adão, gerado de forma sobrenatural, um novo progenitor da nossa raça.” (1 Coríntios 15:45) Por outro lado, os gnósticos eram dualistas, crendo que as coisas espirituais eram boas, mas que toda a matéria e toda a carne eram más. Conseqüentemente, rejeitavam o homem Jesus Cristo.

Arrazoando que toda a carne é má, os gnósticos também rejeitavam o casamento e a procriação, alegando que Satanás originou tais coisas. Chegaram ao ponto de atribuir sabedoria divina à serpente no Éden! Esse conceito resultou em estilos extremistas de vida, quer o ascetismo, quer a indulgência da carne. Sustentando que a salvação viria apenas pelo gnosticismo místico, ou conhecimento de si mesmo, não admitiam a verdade da Palavra de Deus.

Em contraste, os argumentos de Irineu incluíam a crença no Milênio e indicavam alguma compreensão da perspectiva de vida pacífica na terra, no futuro. Ele se empenhou em unir as crescentes facções dos seus dias, empunhando a poderosa Palavra de Deus. E ele é geralmente lembrado por sua lucidez, por sua aguçada percepção e por seu bom critério.
Embora alguns atribuam a Irineu (que morreu por volta de 200 EC) o crédito por promover as verdadeiras doutrinas da fé cristã, deve-se lembrar que ele vivia num tempo de mudanças. Às vezes, seus argumentos são um tanto vagos, até mesmo contraditórios. Todavia, Irineu fala corajosamente em defesa da inspirada Palavra escrita de Deus, em vez de tradições de homens.



Que posição tomamos neste sentido? Até que ponto a verdade sobre o Criador do céu e da terra é importante para cada um de nós? Ficamos perturbados de saber que certas falsidades distorcem, ou até mesmo ocultaram, essa verdade ?


Reafirmo, é minha convicção de que aos olhos de Deus eu, Victor Rito, não sou apóstata.
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