Poder e controle são progressivos

[Atlas]

Há pouco respondi uma publicação de um membro deste fórum e, nele, argumentei o quanto a organização tem fomentado um ambiente árido, desolado e esterilizado no qual apenas os seus ensinos fluam sem contestações e sem confrontos. É somente o erro que precisa de um ambiente assim, não a verdade.

O que escrevi me fez pensar no grau de controle que a organização tem. Há muito cheguei à conclusão de que o caráter e a extensão do controle exercido serão proporcionais ao poder disponível e é de esperar que sejam sempre tão minuciosos e amplos como o poder o permita (Não vimos há pouco, David Splane, membro do corpo governante, ditando até o nosso gosto pessoal quanto ao que é divulgado pela organização?). Minha conclusão, é que este ambiente estéreo propagado pela organização, que não permite a defesa crítica de ideias só ampliará este controle minucioso:

Cada intervenção da autoridade, gera distorções que, por sua vez, exigirão novas intervenções da autoridade religiosa. Uma autoridade desse estilo que não se encontre sempre dentro dos limites de suas potencialidades (se é que ela recebeu algum limite ou legitimidade) é uma bizarrice psicológica e moral.

Economizar sua autoridade seria economizar a "perfeição" (a visão que ela tem de si mesma e de sua doutrina), mas isso seria uma pretensão que quase não consigo distinguir da ignorância e do fanatismo. Na verdade, tem ocorrido que a "perfeição" é definida pelo Corpo Governante e pela extensão da autoridade disponível a ele, de forma a aniquilar qualquer outra consideração possível, por mais plausível que seja.

Quando isso ocorre, os homens, por autoengano otimista e deliberado, acabam se convencendo não do que "devem fazer" porque "estão obrigados", mas de que "devem fazer" porque "podem" É esta mescla, esta área indefinida e cinzenta na qual o Corpo Governante flutua com habilidade. Foi por observar que isto não era uma anomalia dentro da organização, mas um padrão, um método, é que me fez reavaliar tudo o que vivi ali.

[AlexMagro]

O teu comentário fez-me relacionar com uma situação que sempre achei muito anômala e refletia esse poder baseado na pura autoridade per si. Quando existe alguma situação que clama por justiça, ou seja, quando alguém se sente vitima de algo (seja lá o que for) a quem recorre? A alguém revestido de poder dentro da torre. Ou seja, se o problema está nos mecanismos da torre, é a torre que vai servir de juiz em causa própria? Tudo mal. Assisti a questões que foram colocada a julgamento, ou revisão de uma avaliação, e o único critério para o solucionar era a orientação que vinha de alguém de cima. Não se avaliava honestamente nada. Servia-se interesses instalados. Assim, existe uma proteção ao erro, ao poder instalado, à autoridade que se autolegitima. Isso não é a "verdade", é uma anomalia que ilude algumas pessoas que necessitam de uma utopia para a sua vida e uma forma de destruir emocionalmente (no mínimo) outras.

[AlexMagro]

E só há mudanças quando a pressão ultrapassa certos limites e coloca em risco um patamar de sobrevivência organizacional. Por exemplo, o se ter mais cuidado na definição de castigos corporais aos filhos, a questão da submissão da mulher na congregação, entre alguns outros temas. A estratégia é o isolamento mental, mas por vezes é tão descarada a situação que se vai por um caminho pseudo mais liberal.

[Galileu]

Amigos , excelente explanaçao ....

Eles colocam Deus na historia como que justificando Deus como legitimador do poder que exercem.....

Por isso exaltam o tal Jeova rotulado por eles, e se declaram obedientes somente a ELE , para atraves desta induçao a lealdade cega justificar qualquer regra ou dogma extremista...

[Pepita]

Realmente, ótima reflexão amigos. A Torre criou uma régua moral flexível e elástica que mede as dimensões do comportamento como lhe convém. O metro padrão não existe ali.

Nessa estrutura de poder, onde as dimensões de espaço e de tempo são variáveis, é impossível existir contestação válida. A Torre detém as regras e o tribunal. Até mesmo o código de comunicação e de não comunicação está sob o seu domínio.

Quando se dá conta da torpeza e da desonestidade desse padrão de procedimentos, a TJ geralmente acorda, entra em crise existencial e não suporta mais escutar o canto de hipnótico da seita. É nesse momento que assistir às reuniões, congressos, vídeos e ler o conteúdo da Torre se torna insuportável. Aqueles argumentos de autoridade, que pareciam ser válidos e benéficos, passam a ser vistos como um oceano de falácias, causam aversão e embrulham o estômago.

[Linotim]

Realmente, ótima reflexão amigos. A Torre criou uma régua moral flexível e elástica que mede as dimensões do comportamento como lhe convém. O metro padrão não existe ali.

Nessa estrutura de poder, onde as dimensões de espaço e de tempo são variáveis, é impossível existir contestação válida. A Torre detém as regras e o tribunal. Até mesmo o código de comunicação e de não comunicação está sob o seu domínio.

Quando se dá conta da torpeza e da desonestidade desse padrão de procedimentos, a TJ geralmente acorda, entra em crise existencial e não suporta mais escutar o canto de hipnótico da seita. É nesse momento que assistir às reuniões, congressos, vídeos e ler o conteúdo da Torre se torna insuportável. Aqueles argumentos de autoridade, que pareciam ser válidos e benéficos, passam a ser vistos como um oceano de falácias, causam aversão e embrulham o estômago.

Nossa, vc descreveu meu estado atual.

[Pepita]

Spoiler!

Realmente, ótima reflexão amigos. A Torre criou uma régua moral flexível e elástica que mede as dimensões do comportamento como lhe convém. O metro padrão não existe ali.

Nessa estrutura de poder, onde as dimensões de espaço e de tempo são variáveis, é impossível existir contestação válida. A Torre detém as regras e o tribunal. Até mesmo o código de comunicação e de não comunicação está sob o seu domínio.

Quando se dá conta da torpeza e da desonestidade desse padrão de procedimentos, a TJ geralmente acorda, entra em crise existencial e não suporta mais escutar o canto de hipnótico da seita. É nesse momento que assistir às reuniões, congressos, vídeos e ler o conteúdo da Torre se torna insuportável. Aqueles argumentos de autoridade, que pareciam ser válidos e benéficos, passam a ser vistos como um oceano de falácias, causam aversão e embrulham o estômago.

Nossa, vc descreveu meu estado atual.

É tão triste quando a gente se sente na obrigação de frequentar um lugar que nos faz mal, né? Às vezes, dá até vontade de chorar. O bom é que nossa espécie tem a habilidade de ser bastante adaptável, mesmo em situações demasiadamente inclementes. Então, quando não podemos sair dessa seita por completo (por causa dos parentes ou emprego) é importante a gente continuar sempre a buscar apoio psicológico e emocional em ambientes que funcionem como nosso porto seguro. Esses ambientes podem ser plataformas virtuais de acolhimento, ajuda profissional, leituras, trabalho, lazer, exercícios, planos e até mesmo momentos de ócio e de reflexão.

Além disso, com o passar dos anos a nossa situação pode mudar pra melhor. Muitas TJs que não tinham a menor esperança de escapar dessa sem perder a convivência com entes queridos conseguiram, por fim, se afastar da Torre e manter certa medida de contato com os seus parentes mais achegados.

Força querido Linotim! Não estamos sós, são muitas as TJs despertas que estão trilhando essa mesma estrada sinuosa.

[Linotim]

Spoiler!

Nossa, vc descreveu meu estado atual.

É tão triste quando a gente se sente na obrigação de frequentar um lugar que nos faz mal, né? Às vezes, dá até vontade de chorar. O bom é que nossa espécie tem a habilidade de ser bastante adaptável, mesmo em situações demasiadamente inclementes. Então, quando não podemos sair dessa seita por completo (por causa dos parentes ou emprego) é importante a gente continuar sempre a buscar apoio psicológico e emocional em ambientes que funcionem como nosso porto seguro. Esses ambientes podem ser plataformas virtuais de acolhimento, ajuda profissional, leituras, trabalho, lazer, exercícios, planos e até mesmo momentos de ócio e de reflexão.

Além disso, com o passar dos anos a nossa situação pode mudar pra melhor. Muitas TJs que não tinham a menor esperança de escapar dessa sem perder a convivência com entes queridos conseguiram, por fim, se afastar da Torre e manter certa medida de contato com os seus parentes mais achegados.

Força querido Linotim! Não estamos sós, são muitas as TJs despertas que estão trilhando essa mesma estrada sinuosa.

Muito Obrigado Pepita.