JESUS SEGUNDO O HISTORIADOR JUDEU FLÁVIO JOSEFO

Debates e discussões acerca das crenças, doutrinas e a história das Testemunhas de Jeová.
ELZA ARROIO
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JESUS SEGUNDO O HISTORIADOR JUDEU FLÁVIO JOSEFO

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Por Carlos Martins Nabeto
Fonte: Agnus Dei

O historiador judeu Flávio Josefo, escreveu sobre Jesus em sua obra "Antiguidades Judaicas" 18,3,3 parágrafos 63 e 64, por volta do ano 95 dC.

Existem, porém, duas versões sobre o mesmo trecho, uma mais antiga, em língua grega, que testemunha a messianidade de Jesus, e uma tradução árabe que omite tal afirmativa.

Alguns estudiosos afirmam que o testemunho da messianidade não se deve à pena de Josefo, tratando-se de uma interpolação acrescentada posteriormente por mão cristã; ocorre que o testemunho está presente em todos os códices e em concordância com o estilo de Josefo, motivo pelo qual boa parte dos estudiosos consideram o texto integralmente genuíno.

Nesta página publicamos as duas versões e deixamos as conclusões por conta dos caros visitantes...

Texto Grego:

Naquela época vivia Jesus, homem sábio, se é que o podemos chamar de homem. Ele realizava obras extraordinárias, ensinava aqueles que recebiam a verdade com alegria e fez-se seguir por muitos judeus e gregos. Ele era o Cristo. E quando Pilatos o condenou à cruz, por denúncia dos maiorais da nossa nação, aqueles que o amaram antes continuaram a manter a afeição por ele. Assim, ao terceiro dia, ele apareceu novamente vivo para eles, conforme fora anunciado pelos divinos profetas e, a seu respeito, muitas coisas maravilhosas aconteceram. Até a presente data subsiste o grupo dos cristãos, assim denominado por causa dele.

Texto Árabe:

Naquela época vivia Jesus, homem sábio, de excelente conduta e virtude reconhecida. Muitos judeus e homens de outras nações converteram-se em seus discípulos. Pilatos ordenou que fosse crucificado e morto, mas aqueles que foram seus discípulos não voltaram atrás e afirmaram que ele lhes havia aparecido três dias após sua crucificação: estava vivo. Talvez ele fosse o Messias sobre o qual os profetas anunciaram coisas maravilhosas.

Para uso da moderação---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Marcadores: Jesus Cristo; Josefo, Flávio
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Editado pela última vez por Lourisvaldo Santana em 27 Mai 2018 22:48, em um total de 2 vezes.
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Re: JESUS SEGUNDO O HISTORIADOR JUDEU FLÁVIO JOSEFO

Mensagem não lida por Jerry »

Vejamos o que escreveu sobre isso um dos mais respeitados historiadores do cristianismo, o italiano Ambrogio Donini. O trecho transcrito abaixo encontra-se no primeiro capítulo da seguinte obra:

DONINI, Ambrogio. História do cristianismo: das origens a Justiniano. Lisboa: Edições 70, 1983.
O ENIGMA DE FLÁVIO JOSEFO

Muitas dúvidas, levantadas nestas últimas décadas pelos historiadores das origens cristãs, devem-se à publicação de alguns fragmentos, cinco ao todo, de uma tradução em paleo-eslavo, ou russo antigo, que remonta aos séculos XI-XII, de outra obra de Flávio Josefo, La guerra giudaica.

Encontramos aí uma versão bastante estranha da condenação e da morte de Jesus, um homem de “aparência mais do que humana”, que teria sido envolvido, sem o querer, numa conspiração armada contra os ocupantes romanos: uma espécie de “rei que nunca reinou”. Desiludidos pela sua recusa a entrar em Jerusalém e a exterminar a guarnição romana, os “chefes dos hebreus” e os “doutores da lei” teriam dado 30 talentos a Pilatos, para que lhes prometesse mandá-lo crucificar, “contra a lei dos antepassados”.

Alguns pormenores são sem dúvida absurdos: a menção dos milagres atribuídos a Jesus, a sua prisão e libertação por parte de Pilatos e o episódio dos 30 dinheiros, decalcado do conto evangélico. Pode-se assinalar o êxito de um ou outro retoque. Mas se se trata de interpolação, dado que o passo não existe no original grego da obra, deve remontar muito atrás. É claro que nenhum copista cristão da Idade Média poderia tê-lo inventado, quando a figura de Jesus se encontrava já solidamente estabelecida em bases teológicas, se não o tivesse lido nalgum texto antiquíssimo, em aramaico ou em grego, conservado, sabe-se lá como, num canto perdido do Oriente.

_____________________________________________________________
Jesus na tradução eslava de Flávio Josefo

“Apareceu então um homem, se é que podemos chamar-lhe homem. A sua natureza e as suas atitudes exteriores eram as de um homem, mas a sua aparência era mais do que humana e a sua obra era divina; os milagres que realizava eram grandes e surpreendentes [...]. Uns diziam dele: “É o nosso primeiro legislador, que ressuscitou dos mortos, e dá provas das suas capacidades operando muitas curas.” Outros julgavam-no enviado por Deus. Opunha-se em muitas coisas à Lei e não observava o sábado segundo o costume dos antepassados; todavia, não fazia nada de impuro, nem nenhum trabalho manual, dispondo apenas da palavra. Muitos, entre a multidão, seguiam-no e escutavam os seus ensinamentos; os espíritos de muitos agitavam-se, pensando que, graças a ele, as tribos de Israel se libertariam do jugo romano. Costumava estar de preferência em frente da cidade, no Monte das Oliveiras [...].

Vendo a sua força, e que com as palavras fazia tudo o que queria, pediram-lhe para entrar na cidade, massacrar as tropas romanas e Pilatos, e passar a governá-los. Mas ele não lhes dava ouvidos. Mais tarde, os chefes dos hebreus vieram a saber de tudo aquilo, reuniram-se com o grande sacerdote e disseram: “Somos impotentes e fracos para resistirmos aos romanos, como um arco frouxo. Vamos dizer a Pilatos o que ouvimos e não teremos aborrecimentos.” [...] E foram falar dele a Pilatos.

Este enviou homens, mandou matar muitos entre a multidão e prendeu o doutor de milagres. Informou-se melhor sobre ele e vendo que fazia o bem, e não o mal, que não era rico, nem ávido de poder real, libertou-o; de facto, tinha curado a sua mulher, que estava moribunda. E regressado ao lugar habitual, retomou o cumprimento das suas obras: novamente, um número maior de pessoas se aglomerou em torno dele [...]. Os doutores da Lei, feridos pela inveja, deram trinta talentos a Pilatos, para que o mandasse matar. Este aceitou-os e deu-lhes autorização para serem eles próprios a fazer o que desejavam. Deste modo apoderaram-se dele e crucificaram-no, apesar da lei dos antepassados.”
_____________________________________________________________

De mais a mais, a história do mundo judaico da época encontra-se cheia de tentativas não muito diferentes de insurreições anti-romanas, desde a revolta de Judas de Gamala, dito “o galileu”, contra o recenseamento anunciado, por ordem de Augusto, pelo legado da Síria, Sulpício Quirínio, em 6 d.C. até à empresa sangrenta de Teudas “o egípcio”, e dos seus quatrocentos (ou quatro mil) sequazes, reunidos no deserto e massacrados entre os anos 44 e 46. Nos Actos dos Apóstolos, estas duas tentativas falhadas são evocadas com uma certa amargura, para chegar à conclusão de que “os homens” não podem fazer nada, ao passo que “apenas Deus não pode ser destruído” (V, 35-39).

Sabe-se também que, logo a seguir à morte de Herodes, o Grande, um ex-escravo da casa do soberano, Simão, que viera do vale do Jordão, pegara fogo ao palácio real e fizera proclamar-se “rei”, isto é, Messias; dele fala também Tácito nas suas Histórias (V, 9). Um governo de insurrectos manteve-se por um breve espaço de tempo na Judeia, devido ao pastor Athronges, que pereceu depois tragicamente. Na Galileia, um outro Judas, filho de Ezequias, assaltara um depósito de armas e foi aniquilado pelos romanos, juntamente com os seus partidários.

Em Antichità giudaiche (XVIII, 4), Flávio Josefo recorda a aventura de um profeta samaritano que, em 36 d.C., prometera aos seus discípulos mostrar-lhes os objectos sagrados que Moisés, segundo uma velha lenda, tinha escondido no Monte Jerisim; uma multidão imensa pegara em armas e tinha sido duramente dispersa por um destacamento de soldados enviados para o local por Pôncio Pilatos. Parece até ter sido esta a razão da brusca chamada a Roma, no ano seguinte, do vice-governador da Judeia: os samaritanos, amigos de Tibério, tinham protestado junto do legado da Síria, Vitélio, e Pilatos tivera de deixar à pressa o país.

Em Guerra Giudaica (II, 3), fala-se de um outro “profeta”, egípcio de nascimento que depois de ter reunido no deserto mais de 30.000 homens armados, entre 52 e 58 d.C., marchara sobre Jerusalém, sendo derrotado e tendo-se posto em fuga precisamente no Monte das Oliveiras.

Todos esses episódios de luta violenta, terminados desastrosamente, não podiam deixar de contribuir para dar origem a respostas de carácter religioso: era inevitável, nas condições da altura, que agitações revolucionárias e tentativas messiânicas degenerassem em mito. E na névoa do mito permanece ainda envolto também o passo da tradução eslava de Flávio Josefo.

No entanto, é certo que os seus outros testemunhos sobre Jesus, que se encontram nos livros XVII e XX do texto grego das Antichità, são claramente falsos.

Turva e interessante figura de intelectual hebreu, Flávio Josefo é a principal fonte não cristã, no respeitante à Palestina, sobre os eventos daqueles anos; os outros, como o geógrafo-naturalista Plínio, o Antigo, desaparecido durante a erupção do Vesúvio de 79 d.C., ou Pausânidas, ou o próprio Tácito das Histórias, acrescentam muito pouco.

Nascido por volta de 37-38 d.C., de uma família de sacerdotes fariseus, ele próprio sacerdote, afecto ao culto do Templo, Josefo envolvera-se na primeira guerra judaica de 67. Tinha assumido um comando militar e dirigido a resistência na Galileia, região que conhecia bastante bem: vencido, passara-se quase imediatamente para o lado dos romanos. E para captar os favores de Vespasiano, em cuja casa arranjou o nome de “Flávio”, chegou ao ponto de afirmar que o verdadeiro Messias, pré-anunciado por obscuros oráculos, era o próprio líder romano vitorioso, elevado depois ao trono imperial em 69, nas vésperas da queda da cidade santa.

Isto escrevia ele na sua história da grande guerra, redigida primeiro em aramaico e traduzida depois por ele próprio para grego, em sete livros, entre 75 e 79. A esta seguiu-se Antichità Giudaiche, em vinte livros, escritos diretamente em grego em 93-94, para dar a conhecer sob uma nova luz as tradições políticas, religiosas e culturais da nação que tinha traído, mas à qual se sentia sempre ligado; como demonstrará, nos últimos anos da sua vida, quer no opúsculo de 97, Contro Apione, gramático anti-semita, quer em Autobiografia, obra tendenciosa, mas significativa, levada a cabo em 99, pouco antes da sua morte, enquanto Roma era inflamada por uma campanha anti-hebraica mais intensa. Muitas comunidades judaicas, efectivamente, tinham-se recusado a entregar ao fisco imperial as somas de dinheiro que eram antigamente enviadas pela “diáspora” para Jerusalém, para os serviços do Templo, depois da sua destruição por Tito no ano 70; e sobre eles abatera-se a repressão de Domiciano.

Bastam estas rápidas noções para nos convencermos de que Flávio Josefo nunca poderia ter escrito os dois testemunhos que lhe foram atribuídos em Antichità, obra que nos chegou apenas em três colectâneas gregas, a mais antiga das quais não é anterior aos séculos IX-X.
_____________________________________________________________
O “testemunho flaviano” (Antichità giudaiche, XVIII, 3)

“Apareceu depois, por esta altura, Jesus, homem sensato, se é que se lhe pode mesmo chamar homem: operava de facto acções extraordinárias, mestre de homens que acolhem a verdade com prazer. E atraiu a si muitos judeus e muitos também entre os gregos. Ele era o Messias (o “Cristo”). E depois de Pilatos o ter punido com a cruz, por denúncia dos homens principais entre nós, não desistiram os que o tinham amado desde o princípio. Ele apareceu efectivamente ao terceiro dia, novamente vivo, tendo já anunciado os divinos profetos estas e milhares de outras coisas maravilhosas acerca dele. E agora ainda, não parou de crescer a tribo daqueles que receberam dele o nome de cristãos.”
_____________________________________________________________

No primeiro passo, conhecido sob o nome de “testemunho flaviano” fala-se de Jesus como um “homem sensato, se é que se lhe pode mesmo chamar homem”, dotado com poderes excepcionais, punido com a morte por Pilatos, ressuscitado ao terceiro dia e venerado então por todos aqueles que “receberam dele o nome de cristãos”. E precisa-se: “Ele era o Messias”.

É sabido, por outro lado, que para Josefo, o Messias era Vespasiano. A intervenção da mão piedosa de um copista cristão incógnito, surpreendido pelo facto de não encontrar nenhuma menção sobre a figura de Jesus no pormenorizado livro de Josefo, é de tal maneira evidente, que até a maior parte dos teólogos modernos católicos e protestantes, põem em dúvida a autenticidade de todo o trecho. Podemos também precisar a época na qual esta interpolação foi inserida no texto, visto que Orígenes, na primeira metade do século III, a ignorava ainda completamente – no seu Contra Celso, I, 47, declarava até que Josefo não acreditava que Jesus fosse o Messias – enquanto Eusébio de Cesareia, o histórico cortesão da época de Constantino, nos inícios do século IV, a refere muitas vezes na sua História eclesiástica com uma clara complacência: talvez não tivesse sido estranho à sua fabricação.

Não deve ser considerado menos falso o outro trecho breve da Antichità, onde se refere a morte violenta de Tiago “irmão de Jesus, dito o Messias” (XX, 9) – e pelos mesmos motivos. Mas inversamente, o episódio da morte de “João, chamado o Baptista” é relatado por Josefo sem a mínima ligação com Jesus (XVII, 5). Diz-se apenas que Herodes Antipas mandara prender e trucidar o incómodo profeta na fortaleza de Maquerunte, porque reunia à sua volta grandes multidões fanatizadas, induzindo-as a deixarem-se baptizar e a “praticar a virtude”. Os Evangelhos acrescentam que João denunciara asperamente a união incestuosa do rei com Herodíade, mulher do seu meio-irmão Herodes Filipe, e que por instigação deles tinha sido mandado decapitar; a partir deste ponto, dão início à pregação pública de Jesus.

Encontramo-nos sem dúvida em face de uma reelaboração tardia dos factos, narrados com intenções bem diferentes por Flávio Josefo.

Justino de Tiberíade outro hebreu nascido na Galileia e falecido por volta de 100 d.C., escreveu também uma história, em grego, acerca da primeira guerra judaica. Conservaram-se poucos fragmentos deste texto; mas o patriarca bizantino Fócio, que o tinha lido na íntegra, no século IX, não encontrara nenhuma referência a Jesus.

Noutros testemunhos de autores não cristãos da época, até meados do século II d.C. – e são aliás pouquíssimos, todos discutidos e discutíveis – de Plínio, o Moço, Tácito, Suetónio e Adriano, aparece somente o nome de Cristo, que se tornara então um nome ritual, para designar a figura de um redentor divino, válido para todos os homens. Estes testemunhos não nos dão praticamente ajuda para darmos qualquer credibilidade histórica à pessoa de Jesus.

O seu nome aparece, no entanto, muito frequentemente na literatura do judaísmo oficial dos primeiros séculos da nossa era, e muitas vezes de uma maneira cruelmente ofensiva. O Talmude, nascido da fusão da Mixna (estudo, ensinamento) dos séculos I-III com a Guemara (comentário) dos séculos III-IV, afirma é de tal maneira evidente, que até a maior parte dos teólogos que ele teria sido filho de um soldado romano, com o nome de Pantera ou Pandera, e de uma prostituta hebreia, chamada Maria; teria sido “pendurado no pau” como charlatão, mago e impostor. Desta polémica biografia de Jesus o Nosri (Nazareno) encontram-se ainda vestígios nalguns escritores não hebreus: o filósofo Celso, por volta dos finais do século II, referia-se no seu pequeno tratado anticristão, intitulado Discurso Verdadeiro, hoje perdido, mas amplamente mencionado em refutação que lhe dirigira Orígenes (Contra Celso, I, 32, 33, 69).

É claro que se trata aqui de uma distorção em segunda mão, com dados contraditórios e paradoxais, extraídos da vida de Jesus. Para mais, existem boas razões para pensar que a denominação Pantera ou Pandera não é mais do que uma forma alterada do termo grego parthénos (a virgem), como caricatura da crença na concepção miraculosa de Maria, tal como é referenciada nos Evangelhos de S. Mateus e de S. Lucas. As Toledoth Jeshu, ou “gerações de Jesus”, posteriores ao século VIII, também não têm fundamento histórico. Estas apresentam-se como uma reconstrução judaica da vida de Jesus, mas repetem as mesmas informações, deduzidas da lenda cristã, deformando os seus aspectos mais característicos.
Outras questões abordadas por Donini no que diz respeito ao primeiro século do cristianismo, sob uma perspectiva histórica, e não religiosa, estão no seguinte link:

http://extestemunhasdejeova.org/forum/v ... f=20&t=154
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Re: JESUS SEGUNDO O HISTORIADOR JUDEU FLÁVIO JOSEFO

Mensagem não lida por Pássaro »

È o que sempre digo: Jesus Cristo o maior êxito comercial da história da humanidade! O resto é fé!
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Re: JESUS SEGUNDO O HISTORIADOR JUDEU FLÁVIO JOSEFO

Mensagem não lida por ELZA ARROIO »

Caro professor JERRY, a invenção da grafica me parece que surgiu em meados de l600 então quanto coisa foi modificada não é mesmo???? Inclusive os escritos de JOSEFO claro e pq não.Mas pouco ou muito ele escreveu sobre JESUS e se ele tivesse noção do bom semeador que seria Jesus e de que seus frutos continuariam a se espalhar pela terra de geração a geração com certeza teria escrito muito mais sobre ELE .
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Paulo Arroio
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Re: JESUS SEGUNDO O HISTORIADOR JUDEU FLÁVIO JOSEFO

Mensagem não lida por Paulo Arroio »

Elza, você diz que Jesus foi um bom semeador. Aparentemente Jesus só semeou grande ensinamentos, será mesmo? Será que os frutos dos ensinamentos dele foram bons mesmo?

Vamos analisar o que ele semeou, responda a você mesma se está seguindo a risca ao seu mestre.

“não resistais ao homem mau; mas a qualquer que te bater na face direita, oferece-lhe também a outra”. (Mateus 5:39)
Alguns cristãos dizem: Jesus aqui queria dizer ou coisa.... . Não é verdade, Cristo queria dizer o que disse, e retira de seus seguidores o direito à autodefesa, os bons tornam-se vítimas dos maus. Assim, nenhum homem tem o direito de proteger-se, de proteger sua propriedade, sua família ou seus filhos. Governar torna-se impossível e o mundo está à mercê dos criminosos. Há algo mais absurdo que isso? Por favor me aponte um único cristão que deu ouvidos a esse ensinamento.

“Amai a vossos inimigos”. (Lucas 6:27)
Isso é possível? Será que algum ser humano já amou seus inimigos? Será que Cristo os amava quando os denunciou como sepulcros caiados, hipócritas e víboras, ou quando os espancou no templo? (Mateus: 23:27)
A história mostra que os cristãos nunca amaram aqueles que os odiavam, via de regra os cristãos matavam e matam seus inimigos. O ser humano não é capaz de amar seus inimigos ou aqueles que os odeiam. Você ama as pessoas que te odeiam da mesma forma que ama seus filhos?

“Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã”. (Mateus 6:34)
Jesus passa a idéia de que Deus tomaria conta de nós assim como tomou das aves e dos lírios. Há algum sentido nesta crença? Você sabia que mais de 50% dos filhotes das aves não sobrevive? então como Jesus pode afirmar que Deus toma conta das aves? Você não se preocupa com o futuro? Você não planeja e trabalha em prol do amanhã de seus filhos? Claro que sim! Sem preocupação com o amanhã não poderia haver progresso, cura das doenças, medicamentos, civilização e etc., sem esta preocupação nós estaríamos vivendo apenas 30 ou 40 anos como nos dias de Jesus. Graças a preocupação com o amanhã, hoje podemos viver mais de 80 anos. Você conhece um cristão que segue tal ensinamento?

“se a tua mão te escandaliza, corta-a (...) se o teu olho te escandaliza, lança-o fora”. “é melhor entrar no reino de Deus com um só olho, do que, tendo dois olhos, ser lançado no inferno” (Marcos 9:43 e 47).
Os cristão dizem: Jesus não quis dizer para amputar membros, ele estava apenas dizendo...... . Não concordo, se ele não estava dizendo para arrancar o olho, então porque a pessoa entraria no reino de Deus com um olho só? Ele estava sugerindo a amputação sim. Parece que nenhum cristão foi tão tolo a esse ponto. E você segue este ensinamento?

“...ao que quiser pleitear contigo, e tirar-te a túnica, larga-lhe também a capa” (Mateus 5:40)
Elza, se alguém te processar, ou alguém de sua família e exigir uma indenização de R$ 10.000,00, vc seguirá o ensino de Jesus e dará a ele R$ 20.000,00? Nessa tenho certeza que você não entra.

“Não penseis que vim trazer paz à terra; não vim trazer paz, mas espada. Porque eu vim pôr em dissensão o homem contra seu pai, a filha contra sua mãe, e a nora contra sua sogra”. (Mateus 10:34-35)
Como é possível que o mesmo indivíduo que disse “não resistais ao homem mau” tenha vindo trazer a espada? Como é possível que o mesmo indivíduo que disse “Amai a vossos inimigos” tenha vindo para destruir a paz do mundo, colocando pai contra filho e mãe contra filha?
De fato os cristãos em geral tem usado esta espada com rigor, derramando muito sangue inocente em todos os continentes. Em milhões de corações os ensinamentos de Jesus semeou o ódio e a vingança. Dividiu nações e famílias, obscureceu a luz da razão e petrificou os corações dos homens. Nenhum poder leigo ou adorador de outros deuses destruiu tantas vidas quanto os cristãos.

“E todo o que tiver deixado casas, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou filhos, ou terras, por amor do meu nome, receberá cem vezes tanto, e herdará a vida eterna”. (Mateus 19:29)
De acordo com o autor de Mateus, Cristo, o compassivo, o misericordioso, pronunciou essas terríveis palavras. Será possível que Cristo ofereceu a felicidade eterna como uma recompensa a todos que abandonassem seus pais, suas mães, suas esposas e seus filhos? Seremos bem-aventurados nos céus se abandonarmos aqueles que amamos? Precisa-se destruir um lar aqui para que se construa uma mansão lá?

“Mulher, que tenho eu contigo?”. (João 2:4)
Falando assim, não estaria Jesus menosprezando sua mãe? Eu Jamais disse ou direi tais palavras a minha mãe.

Parece que Jesus não se simpatizava com os bem-sucedidos ou ricos. O homem rico foi enviado ao inferno não porque era mau, mas porque era rico. Lázaro foi enviado ao céu não porque era bom, mas porque era pobre. (Lucas 16) Ele também aconselhou os ricos a darem tudo o que tinham aos pobres. Você pretende fazer isto?

“Naquele tempo falou Jesus, dizendo: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e entendidos, e as revelaste aos pequeninos” (Mateus, 11: 25). Aqui vemos Jesus prejudicando/desprezando os sábios ou estudados. Porque Jesus se interessava mais nos pobres e analfabetos em prejuízo dos abastados e entendidos, será que estes não mereciam a salvação?

Elza, Jesus não escreveu nada sobre ele mesmo, nem seus apóstolos escreveram, outras pessoas, algumas se passando por apóstolos escreveram sobre ele muito tempo depois.

Estes escritores inventaram quase tudo o que se escreveu sobre Jesus, seus milagres são cópias de milagres de outras divindades pagãs.

Muitos dos ensinamentos atribuídos a Jesus no Novo Testamento, na realidade eram ensinamentos de outros pensadores que circulavam naquela região.

A poderosa Igreja Católica criou o mito, e para mante-lo falsificou muitos documentos, inclusive a Bíblia, e também os escritos de Flavio Josefo.
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Re: JESUS SEGUNDO O HISTORIADOR JUDEU FLÁVIO JOSEFO

Mensagem não lida por Pássaro »

Essa "Agnus Dei", não é a ordem secreta poderosissíma criada dentro dos pátios do poder do catolicismo?
O barco da torre tá afundando?
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Re: JESUS SEGUNDO O HISTORIADOR JUDEU FLÁVIO JOSEFO

Mensagem não lida por Keyser Soze »

Paulo Arroio escreveu:Estes escritores inventaram quase tudo o que se escreveu sobre Jesus, seus milagres são cópias de milagres de outras divindades pagãs.

Muitos dos ensinamentos atribuídos a Jesus no Novo Testamento, na realidade eram ensinamentos de outros pensadores que circulavam naquela região.

A poderosa Igreja Católica criou o mito, e para mante-lo falsificou muitos documentos, inclusive a Bíblia, e também os escritos de Flavio Josefo.
Acredito que seu comentário encerra exatamente tudo o que penso. Até acredito na existência de um Jesus histórico. Mas não um filho de Deus, mas não um deus poderoso ou vivente. Não há provas de nada o que foi escrito sobre Jesus. É puramente artigo de fé. Como eu disse em outro post, me assusta muito essa postura dita cristã de simplesmete acreditar por acreditar. Acreditar por estar escrito em livro extremamente controverso. A fé pela fé tem levado as mais ignominiosas atitudes do homem. Mas infelizmente cada um acredita no quer, ou no que pensa que acredita.
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Re: JESUS SEGUNDO O HISTORIADOR JUDEU FLÁVIO JOSEFO

Mensagem não lida por Jerry »

Elza Marossi escreveu:Caro professor JERRY, a invenção da grafica me parece que surgiu em meados de l600 então quanto coisa foi modificada não é mesmo???? Inclusive os escritos de JOSEFO claro e pq não.Mas pouco ou muito ele escreveu sobre JESUS e se ele tivesse noção do bom semeador que seria Jesus e de que seus frutos continuariam a se espalhar pela terra de geração a geração com certeza teria escrito muito mais sobre ELE .
Cara Elza,

Em história não existe o se. Desde Aristóteles já há uma clara distinção: a história trata do que foi, do que aconteceu, e busca entender porque foi dessa forma, e não de outra. Quem se preocupa com o que poderia ter sido é a literatura. Então, daria uma ótimo romance, ou uma poesia, "se ele [Flávio Josefo] tivesse noção do bom semeador que seria Jesus", para usar suas palavras. Mas não passaria disso: poética, e não história.

Com respeito às palavras de Jesus - ou melhor, que os evangelistas colocaram na boca de Jesus, já que ele não deixou nada escrito -, bem, essa parte já foi magistralmente desconstruída pelo Paulo Arroio, numa argumentação excelente.

Sobre a invenção da imprensa, ela é oficialmente datada de meados do século XV, pelo alemão Gutemberg. Na verdade, antes dele a imprensa já existia. Os chineses já haviam inventado a impressão com tipos móveis setecentos anos antes. E mesmo na Europa, vinte anos antes de Gutemberg, um holandês chamado Coster já imprimia utilizando tipos móveis. É devido ao fato de a história ser muito mal contada, mexida e remexida, que as confusões se dão. Se isso acontece com uma disciplina acadêmica, que dirá com a fé!
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RX
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Re: JESUS SEGUNDO O HISTORIADOR JUDEU FLÁVIO JOSEFO

Mensagem não lida por RX »

Li em algum lugar que os escritos de Josefo falando de Jesus na verdade não são dele. Alguém tem mais alguma informação sobre isso?
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Habib Marwan
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Mensagem não lida por Habib Marwan »

Diego Rutherford escreveu:
RX escreveu:Li em algum lugar que os escritos de Josefo falando de Jesus na verdade não são dele. Alguém tem mais alguma informação sobre isso?
Não acho necessário nenhum depoimento de historiadores, ou chamados os "pais da Igreja". A vivência cristã é autenticada pela experiência com nosso Salvador, não depende de depoimentos fora da Bíblia.
Acontece, Diego, que você começou a ouviu falar de Jesus devido a esses mesmos depoimentos "de historiadores, ou chamados "pais da Igreja"" que você não acha necessário agora.

É como se uma criança rica, que se acha inteligente, dissesse que acredita em Papai Noel porque seus pais disseram que ele existe, mas que o fato de falarem que ele anda em um trenó voador, puxado por renas mágicas e consegue entregar os presentes de TODAS as crianças do mundo em 24 horas, não desmente a sua existência porque toda noite de 24 de dezembro seu presente está ali, esperando por você, aos pés da árvore de natal.
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