Vida eterna perfeita e suas implicações

Debates e discussões acerca das crenças, doutrinas e a história das Testemunhas de Jeová.
Ana Reis
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Re: Vida eterna perfeita e suas implicações

Mensagem não lida por Ana Reis »

As vezes me pegava indagando essas coisas. Como seria viver para sempre na terra, bate aquela angústia rsrsrs eu imaginava como seria entediante depois de um tempo. Rsrs acho que a graça da vida é saber que vamos morrer e aproveitar o máximo este tempo em que estamos vivos.
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Ronildo Araujo
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Re: Vida eterna perfeita e suas implicações

Mensagem não lida por Ronildo Araujo »

Vida eterna perfeita e suas implicações: taí uma coisa muito boa para se pensar. Bom, não acredito que um filho com 19.980 anos precise de algum conselho de seu pai apenas 20 anos mais velho.
Eu considero a conciência uma dádiva. É um milagre. Se uma pessoa tem a chance de existir, com milhões de espermatozóides competindo entre si por um óvulo para a formação de um novo ser, é um processo que não volta atrás! É aquela chance e nunca mais, biologicamente falando. Portanto, as ações em prol da vida, desde a concepção, nascimento, a dualidade mãe-bebê, relacionamento com os pais, amizades sinceras, fazer o bem, o respeito para com a vida do próximo, apego parental, são coisas que são belas, deveriam ser a ordem do dia para todos. E não cansam, revigoram. Eu acredito tanto num paraíso terrestre como num espititual. O que vier é lucro. Ninguém deseja envelhecer ou morrer. O que nos faz desejar a morte é o sofrimento. Não consigo ver um mundo sem sofrimento sendo enfadonho! O belo, seja uma paisagem natural ou uma pessoa de bem, é revigorante, não cansativo como dito antes. Não vejo nenhum problema com a eternidade. Entre pessoas de bem, claro. Pelo contrário, o problema está com a vida curta! Mas é evidente, para dar certo na Terra muita coisa tem que mudar.
A base do Cristianismo verdadeiro, aprovado por Cristo, é o amor de Deus.
A vida e a morte de Jesus Cristo é a confirmação deste amor.
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TJCalado
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Re: Vida eterna perfeita e suas implicações

Mensagem não lida por TJCalado »

Ronildo Araujo escreveu:Vida eterna perfeita e suas implicações: taí uma coisa muito boa para se pensar. Bom, não acredito que um filho com 19.980 anos precise de algum conselho de seu pai apenas 20 anos mais velho.
Exatamente isso que eu queria destacar quando mencionei as idades. Uma das coisas que a eternidade porá fim é a necessidade de pedir conselhos. Menos um assunto para a relação pai e filho.
Ronildo Araujo escreveu:Eu considero a conciência uma dádiva. É um milagre. Se uma pessoa tem a chance de existir, com milhões de espermatozóides competindo entre si por um óvulo para a formação de um novo ser, é um processo que não volta atrás! É aquela chance e nunca mais, biologicamente falando. Portanto, as ações em prol da vida, desde a concepção, nascimento, a dualidade mãe-bebê, relacionamento com os pais, amizades sinceras, fazer o bem, o respeito para com a vida do próximo, apego parental, são coisas que são belas, deveriam ser a ordem do dia para todos. E não cansam, revigoram.
Esse argumento deveria defender a vida eterna de plantas, frutas e animais. A natureza é bastante generosa com respeito à garantia de que uma espécie se perpetue. Quantas sementes uma árvore produz em seu ciclo de vida? A produção de espermatozoides para a produção de um único exemplar humano ou animal, me diz muito mais que a vida é frágil e curta do que eterna. E esta não parece ser uma característica adquirida depois do pecado adâmico.
Ronildo Araujo escreveu:Eu acredito tanto num paraíso terrestre como num espititual. O que vier é lucro. Ninguém deseja envelhecer ou morrer. O que nos faz desejar a morte é o sofrimento. Não consigo ver um mundo sem sofrimento sendo enfadonho! O belo, seja uma paisagem natural ou uma pessoa de bem, é revigorante, não cansativo como dito antes. Não vejo nenhum problema com a eternidade. Entre pessoas de bem, claro. Pelo contrário, o problema está com a vida curta! Mas é evidente, para dar certo na Terra muita coisa tem que mudar.
Um copo d'água é revigorante, mas somente após um período de muita sede. Concordo, Ronildo, que nos primeiros anos após o Armagedom, a satisfação e o "revigoramento" seriam intensos, principalmente por parte daqueles tivessem passado por grandes sofrimentos na vida. Mas, lembre-se que um copo d'água não continua trazendo a mesma satisfação a vida inteira, mesmo que um dia você tenha pago uma fortuna por ele depois de atravessar o Saara.
Pobre sempre acha estranho que um rico fique entediado, até o dia em que ele fica rico também.
"Invejo a burrice, porque é eterna."
- Nelson Rodrigues
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Ronildo Araujo
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Re: Vida eterna perfeita e suas implicações

Mensagem não lida por Ronildo Araujo »

TJCalado escreveu:
Ronildo Araujo escreveu:Eu considero a conciência uma dádiva. É um milagre. Se uma pessoa tem a chance de existir, com milhões de espermatozóides competindo entre si por um óvulo para a formação de um novo ser, é um processo que não volta atrás! É aquela chance e nunca mais, biologicamente falando. Portanto, as ações em prol da vida, desde a concepção, nascimento, a dualidade mãe-bebê, relacionamento com os pais, amizades sinceras, fazer o bem, o respeito para com a vida do próximo, apego parental, são coisas que são belas, deveriam ser a ordem do dia para todos. E não cansam, revigoram.
Esse argumento deveria defender a vida eterna de plantas, frutas e animais. A natureza é bastante generosa com respeito à garantia de que uma espécie se perpetue. Quantas sementes uma árvore produz em seu ciclo de vida? A produção de espermatozoides para a produção de um único exemplar humano ou animal, me diz muito mais que a vida é frágil e curta do que eterna. E esta não parece ser uma característica adquirida depois do pecado adâmico.

Que é isso TJCalado, do que você está falando? Eu me concentrei na dádiva da consciência e não na proficuidade reprodutiva. Tal consciência permite aos seres humanos desenvolverem relações positivas que trazem satisfação e revigoramento.


Ronildo Araujo escreveu:Eu acredito tanto num paraíso terrestre como num espititual. O que vier é lucro. Ninguém deseja envelhecer ou morrer. O que nos faz desejar a morte é o sofrimento. Não consigo ver um mundo sem sofrimento sendo enfadonho! O belo, seja uma paisagem natural ou uma pessoa de bem, é revigorante, não cansativo como dito antes. Não vejo nenhum problema com a eternidade. Entre pessoas de bem, claro. Pelo contrário, o problema está com a vida curta! Mas é evidente, para dar certo na Terra muita coisa tem que mudar.
Um copo d'água é revigorante, mas somente após um período de muita sede. Concordo, Ronildo, que nos primeiros anos após o Armagedom, a satisfação e o "revigoramento" seriam intensos, principalmente por parte daqueles tivessem passado por grandes sofrimentos na vida. Mas, lembre-se que um copo d'água não continua trazendo a mesma satisfação a vida inteira, mesmo que um dia você tenha pago uma fortuna por ele depois de atravessar o Saara.
Pobre sempre acha estranho que um rico fique entediado, até o dia em que ele fica rico também.

Água nunca enjoa. É um bom sinal.
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TJCalado
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Re: Vida eterna perfeita e suas implicações

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Ronildo Araujo escreveu:Água nunca enjoa. É um bom sinal.
Estamos explanando pontos de vista. Então posso falar do meu. Apesar de eu acreditar que enjoa-se até de água, não vou considerar agora esse meu ponto de vista. A água se torna algo comum, quando não é extremamente necessária. Uma evidência disso é que médicos advertem pacientes a não deixar pra beber água somente quando se está com sede. Isso ocorre exatamente porque ela muitas vezes não é considerada importante, justamente por ser algo comum.
Do mesmo jeito, as maravilhas do paraíso um dia se tornariam tão comuns que não geraria mais felicidade aos humanos. Um final de semana na praia só é traz felicidade porque só tem dois dias, porque dura pouco, porque quando você voltar ao stress, lembrá dele e vai querer repetir no próximo. O alívio só é alívio por causa do stress. Andar descalço só traz satisfação depois que você tira um sapato apertado. A satisfação só dura enquanto você lembra da dificuldade. Depois disso, aquilo se torna algo comum, vira rotina e passa a ser enfadonho.
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Re: Vida eterna perfeita e suas implicações

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Creio que não dá medir grau de alegria ou satisfação só pela sensação do alívio ou pela transição entre um momento ruim e bom, coisa que experimentamos nesta condição mortal que temos. Discutir sobre se avida eterna será enfadonha é empírica, talvez não tenhamos noção de alegria plena ou não temos uma base mais nítida de saber como ser verdadeiramente feliz em plenitude; isso talvez até mesmo por uma limitação emocional e psicológica. A alegria e satisfação pode vir de outros fatores em que se pode enquadrar numa condição de eternidade, fatores dos quais talvez ainda nem sabemos. Sinceramente, se houvesse um método ou esperança real de vida eterna, eu aceitaria sem se preocupar com essa ideia de ficar enfadada O modo como as TJs e outras religiões descrevem a eternidade, realmente deixam dúvidas e não são nada coerentes. Porém, eu gostaria de experimentar a eternidade para saber se será chata ou não.
Reconhece a queda e não desanima, Levanta sacode a poeira e dá a volta por cima ♪♫ - Noite Ilustrada.
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Altair Rocha
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Re: Vida eterna perfeita e suas implicações

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Ana Reis escreveu:As vezes me pegava indagando essas coisas. Como seria viver para sempre na terra, bate aquela angústia rsrsrs eu imaginava como seria entediante depois de um tempo. Rsrs acho que a graça da vida é saber que vamos morrer e aproveitar o máximo este tempo em que estamos vivos.

Digamos que realmente fosse entediante, ainda assim acha uma proposta melhor viver sessenta anos 'aproveitando' o máximo e depois simplesmente bater as botas?

Minha visão é exatamente oposta a sua, Ana. Acharia sem graça e enfadonho, sem significação alguma justamente plantar e colher pra depois morrer. Não sei o que você entende como aproveitar o máximo esse tempo, simplesmente não consigo imaginar como em sessenta anos, haja visto que após isso a funcionalidade do corpo fica seriamente comprometida, claro, sendo otimista, alguém poderia dizer que realmente 'aproveitou' alguma coisa. Até a noção de aproveitar nessa esfera pra mim careceria de significação, sentido, cor.

As ideias que formamos do que ir-se-á viver ou o quadro completo de todas as possibilidades que poderiam se apresentar diante de nós num contexto de vida eterna com nossa experiência de trinta, quarenta, cinquenta anos é tão vaga que se torna engraçado falar sobre isso; em alguma parte do livro de Isaías se diz que não podemos sequer imaginar a inteireza das coisas que virão a tona. Julgar o que poderemos sentir ou viver sem estar lá é natural, mas com base em nossa pouca experiência, no contexto desse sistema, é ao mesmo tempo ingênuo.

Eu procuro pensar em tudo o que eu poderia aprender, desenvolver, fazer, e realizar. Nas pessoas que eu poderia conhecer, no mundo inteiro. Por exemplo, sabendo que haverá alimento em cada parte, ou água, alguém poderia sair daqui para digamos algum ponto na Índia, sem levar uma bolsa sequer; poder-se-ia parar para pernoitar em cada casa que preferisse, pois todos seriam de fato irmãos, e se poderia aprender com cada um de sua experiência, sua ciência, sabedoria, cultura, etc. Aliás se poderia andar a terra inteira, sem barreiras, sem idioma; a variedade de vida, comida, nem vinte, nem cem mil, nem um milhão de anos seria enfadonho.

Bom, eu falo assim porque tenho fé, o que é uma questão pessoal. Pra quem realmente acha que o melhor seria morrer após determinado tempo, e que nisso consiste a graça da vida, então realmente, que se aproveite o máximo; hoje vivemos até setenta anos graças a ciência, mas com nossa compleição atual é mais fraca até que no passado, não passaríamos de quarenta anos na natureza.
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TJCalado
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Re: Vida eterna perfeita e suas implicações

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Nobre Endividada escreveu:Creio que não dá medir grau de alegria ou satisfação só pela sensação do alívio ou pela transição entre um momento ruim e bom, coisa que experimentamos nesta condição mortal que temos. Discutir sobre se avida eterna será enfadonha é empírica, talvez não tenhamos noção de alegria plena ou não temos uma base mais nítida de saber como ser verdadeiramente feliz em plenitude; isso talvez até mesmo por uma limitação emocional e psicológica. A alegria e satisfação pode vir de outros fatores em que se pode enquadrar numa condição de eternidade, fatores dos quais talvez ainda nem sabemos. Sinceramente, se houvesse um método ou esperança real de vida eterna, eu aceitaria sem se preocupar com essa ideia de ficar enfadada O modo como as TJs e outras religiões descrevem a eternidade, realmente deixam dúvidas e não são nada coerentes. Porém, eu gostaria de experimentar a eternidade para saber se será chata ou não.
Nobre Nobre Endividada, não posso discutir a vida eterna em corpo espiritual. Mas sobre a vida eterna no universo físico é possível, sim, fazer uma estimativa. Perfeito ou imperfeito, o corpo humano está sujeito a esse universo. Assim como podemos concluir que humanos perfeitos não poderão voar, nem martelar o dedo sem sentir dor, pois esta é uma reação natural do corpo humano.
A felicidade plena só é interessante enquanto se mantém um alvo próximo, porém inalcançável. É isso o que mantém a gente prosseguindo adiante. Inclusive, é a busca por esse alvo o que faz a organização das Testemunhas de Jeová e todas as outras religiões existirem. Se uma dia a humanidade chegar a um nível global de plena felicidade, ela entra em estagnação e para de evoluir.
Aliás, a história bíblica mostra que o ser humano só adora a deus com base na ESPERANÇA. Por mais que Jeová faça algo por alguém, sempre tem uma promessa guardada na manga. O benefício nunca é pleno, justamente porque ele sabe que se ele der tudo, o ser humano não se curvará mais perante ele. Todos os seres que usufruíram de benefícios plenos (ou que acreditaram que os tinham), deram as costas para deus. Adão e Eva, humanos perfeitos que se desviaram atrás da promessa de saberem o certo ou o errado, e, indo para o domínio espiritual, Satanás e os anjos rebeldes (estes tinham contato direto com Deus).
TODOS OS OUTROS SERES vivem até hoje aguardando promessas, incluindo Jesus, que espera reinar por mil anos, e até agora nada!
Humanos, mesmo perfeitos, precisarão de esperança. Logo, nunca terão felicidade plena porque toda esperança implica em uma frustração temporária.
Acontece que 70, 80 ou mesmo 100 anos não é tempo suficiente para se descobrir que a plena felicidade nunca será alcançada. A eternidade, porém, é tempo mais que suficiente para descobrir isso.
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Altair Rocha
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Re: Vida eterna perfeita e suas implicações

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Primeiro Deus criou Jesus, depois os anjos, depois na esfera material os humanos, na vista dos anjos; inclusive não sabemos quantos anos após a criação das criaturas espirituais ele resolveu nos criar, claro, falo para os que acreditam no relato bíblico, como Ronildo, e apostalandia. Mas, na eternidade, ele pode tanto povoar o universo material, como criar realidades inimagináveis em outras esferas de existência; em todo caso prefiro crer que sempre haverá com o que me ocupar nesse tempo.
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TJCalado
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Re: Vida eterna perfeita e suas implicações

Mensagem não lida por TJCalado »

Altair Rocha escreveu:Primeiro Deus criou Jesus, depois os anjos, depois na esfera material os humanos, na vista dos anjos; inclusive não sabemos quantos anos após a criação das criaturas espirituais ele resolveu nos criar, claro, falo para os que acreditam no relato bíblico, como Ronildo, e apostalandia. Mas, na eternidade, ele pode tanto povoar o universo material, como criar realidades inimagináveis em outras esferas de existência; em todo caso prefiro crer que sempre haverá com o que me ocupar nesse tempo.
Entendo. Mas enquanto eu falo de fatos, os esperançosos falam de esperança pura e simplesmente baseada em suas aspirações.
"Invejo a burrice, porque é eterna."
- Nelson Rodrigues
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