Apostasia: Até que ponto influencia uma decisão pessoal?

Debates e discussões acerca das crenças, doutrinas e a história das Testemunhas de Jeová.
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Wesley MF
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Apostasia: Até que ponto influencia uma decisão pessoal?

Mensagem não lida por Wesley MF »

Durante todo esse tempo de dissidência, já me deparei com as mais variadas situações dentro desse assunto.
Já vi pessoas que abandonaram o estudo da sociedade depois que se inteiraram do material “apóstata”, bem como já vi pessoas que não abandonaram o estudo, onde alguns até se fortaleceram nele, vindo a se tornarem TJ´s, mesmo sabendo de todas as falcatruas da torre que apresentei...

Então fico a me perguntar:


Até que ponto um material apóstata pode influenciar na decisão de uma pessoa para seguir adiante no ensino do Corpo Governante, ou abandoná-lo?

Pessoas, por exemplo, que a mãe ou a namorada ou esposa é TJ, às vezes acabam entrando na Torre, mesmo vendo todos os erros que apresentamos. Recentemente foi um caso de um amigo meu de 20 anos, que perdeu o filho em um acidente.

Lá veio um TJ mostrar pra ele que o filho dele iria ser ressuscitado no paraíso e ele poderia ve-lo novamente no futuro. E, mesmo eu mostrando para ele as falcatruas da torre, um belo dia ele chegou a mim e deu a entender que resolveu estudar com as TJ e que não conversaríamos mais. (Amizade de 20 anos, vejam!)

Fico a pensar então se o material apóstata teria assim tanta influencia nesse tipo de decisão na vida das pessoas.
Afinal de contas, se a pessoa não quer, não tem ninguem que a coloque lá , mas se a pessoa quiser, não há "estudo apóstata" que pareca impedí-la. Principalmente se a "emoção" estiver na frente.


Comentem.

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Grantynn
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Re: Apostasia: Até que ponto influencia uma decisão pessoal?

Mensagem não lida por Grantynn »

Isso me lembra quando a Rede Globo fez matérias sobre a IURD onde aparece Edir Macedo, desrespeitosamente rindo de passagens bíblicas, ensinando como convencer os fiéis a darem mais dinheiro para a igreja.

Os fiéis que foram atingidos no coração (sentimento, emoção) se fortaleceram e continuam, e agora defendem a validade das contribuições e ofertas "feitas a Deus". Esse é um tiro que saiu pela culatra.

Por outro lado, os que foram atingidos na razão conseguiram ver a tremenda sacanagem nas técnicas de arrecadação em nome de Deus e o que, de fato, representa a IURD.

A meu ver esses dois lados da moeda sempe existirão. O resultado vai depender de cada um.

O "material apóstata" tem a sua relevância pois vai sim influenciar, negativa ou positivamente, o indivíduo, mas influenciará. E se apenas um tj se conscientizar o esforço terá valido a pena.
De que valem as luzes da cidade, se no meu caminho a luz é natural! - Hyldon
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Rogério
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Re: Apostasia: Até que ponto influencia uma decisão pessoal?

Mensagem não lida por Rogério »

Bem, para mim me ajudou e com a apenas 2 palavras:

Caso ONU.

Paz :7
(^_^)
André Felix
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Re: Apostasia: Até que ponto influencia uma decisão pessoal?

Mensagem não lida por André Felix »

A maioria das pessoas frequentam as religiões onde, segundo elas, "se sentem bem". Mesmo não admitindo fazem concessões. Não é regra, mas uma quantidade considerável de testemunhas de Jeová e simpatizantes apenas levam à sério os argumentos dos críticos, dissidentes ou não, quando deixam de "se sentirem bem".
A maioria das TeJotas não é composta por "vítimas inocentes". A maioria continua ou ingressa ou regressa por ser mais confortável continuar, ingressar ou regressar. Mas isso é totalmente humano. Vejam só o Ray Franz. A Torre de Vigia precisou retroagir a aplicação de uma regra sobre contatos com dissociados para se livrar dele. Se não fosse isso será que ele estaria lá até hoje? É bem capaz que sim. E ele já sabia de tudo o que escreveu em "Crise de Consciência". Claro que existem os que saem assim que descobrem uma única falsidade. Esses são verdadeiros heróis!
Continuo com a minha tese de que o que mais convence as pessoas a deixarem as testemunhas de Jeová é elas "quebrarem a cara". A maioria continua enquanto conseguem manter a pose. Quando alguma delas quebram definitivamente a "cara" pode ser que procurarem humildemente pretextos que justifiquem elas abandonarem a Torre de Vigia. Como elas quebram a cara:
casamentos fracassados, depressões não resolvidas, diferenças pessoais, perseguições promovidas pro anciãos e superintendentes viajantes, injustiças nas distruibuições de cargos e privilégios, apetite sexual reprimido, vontade de "soltar a franga", queda de poder aquisitivo e consequente abandono "fraternal" da multidão de Tejotas que são amigas interesseiras, e assim vai. Parece que eu estou fazendo pouco caso, mas não é, juro! Eu também somente me manquei quando quebrei a cara. Não há melhor remédio para um seguidor de uma seita do que um choque icnoclasta que o atinja pessoalmente. Vale a pena divulgar os erros da Torre. Mas nada de esperar uma resposta imediata.
O pensamento é o ensaio da ação.
Sigmund Freud
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shurelambers
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Re: Apostasia: Até que ponto influencia uma decisão pessoal?

Mensagem não lida por shurelambers »

André Felix escreveu: Continuo com a minha tese de que o que mais convence as pessoas a deixarem as testemunhas de Jeová pe elas "quebrarem a cara". A maioria continua enquanto conseguem manter a pose. Quando alguma delas quebram definitivamente a "cara" pode ser que procurarem humildemente pretextos que justifiquem elas abandonarem a Torre de Vigia. Como elas quebram a cara: casamentos fracassados, depressões não resolvidas, diferenças pessoais, perseguições promovidas pro anciãos e superintendentes viajantes, injustiças nas distruibuições de cargos e privilégios, apetite sexual reprimido, vontade de "soltar a franga", queda de poder aquisitivo e consequente abandono "fraternal" da multidão de Tejotas que são amigas interesseiras, e assim vai. Parece que eu estou fazendo pouco caso, mas não é, juro! Eu também somente me manquei quando quebrei a cara. Não há melhor remédio para um seguidor de uma seita do que um choque icnoclasta que o atinja pessoalmente. vale a pena divulgar os erros da Torre. Mas nada de esperar uma resposta imediata.
É claro que não é com a maioria, mas concordo com sua tese sim.
Aliás ela não se aplica apenas as TJ´s. Aplica-se a qualquer religião fundamentalista que tolhe a liberdade de seus membros.
Muitos ainda estão "dentro" apenas pela conveniência.
Tire um privilegio de uma pessoa dessas ou como você disse, deixe que ela "quebre a cara" pra gente ver o que acontece.
Eis... mais um dissidente.

Abs
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Joker
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Re: Apostasia: Até que ponto influencia uma decisão pessoal?

Mensagem não lida por Joker »

shurelambers escreveu:
André Felix escreveu: Continuo com a minha tese de que o que mais convence as pessoas a deixarem as testemunhas de Jeová pe elas "quebrarem a cara". A maioria continua enquanto conseguem manter a pose. Quando alguma delas quebram definitivamente a "cara" pode ser que procurarem humildemente pretextos que justifiquem elas abandonarem a Torre de Vigia. Como elas quebram a cara: casamentos fracassados, depressões não resolvidas, diferenças pessoais, perseguições promovidas pro anciãos e superintendentes viajantes, injustiças nas distruibuições de cargos e privilégios, apetite sexual reprimido, vontade de "soltar a franga", queda de poder aquisitivo e consequente abandono "fraternal" da multidão de Tejotas que são amigas interesseiras, e assim vai. Parece que eu estou fazendo pouco caso, mas não é, juro! Eu também somente me manquei quando quebrei a cara. Não há melhor remédio para um seguidor de uma seita do que um choque icnoclasta que o atinja pessoalmente. vale a pena divulgar os erros da Torre. Mas nada de esperar uma resposta imediata.
É claro que não é com a maioria, mas concordo com sua tese sim.
Aliás ela não se aplica apenas as TJ´s. Aplica-se a qualquer religião fundamentalista que tolhe a liberdade de seus membros.
Muitos ainda estão "dentro" apenas pela conveniência.
Tire um privilegio de uma pessoa dessas ou como você disse, deixe que ela "quebre a cara" pra gente ver o que acontece.
Eis... mais um dissidente.

Abs

É o seguinte. A pessoa está bem mau emocionalmente, semi depressiva, condições financeiras complicadas, tudo o que ela vê é sinal de desgraça. Ai vem um carinha de social pregando a palavra de deus pra ele, cheio de esperanças e promessas mirabolantes, e nessa promoção, você ganha "totalmente de gratis" a vida eterna.
Bem como minha vida está um lixo, eu me ignorei sempre quando tive que dar uma resposta satisfatoria a mim mesmo, e agora vejo tudo com descrédito e pessimismo, vejo que esse cidadão de social tem argumentos novos para mim que moro no Brasil, e estou acostumado com o lenga-lenga católico apostólico romano do Padre Marcelo Rossi.

Well... Ai eu começo a estudar e frequentar reuniões, e começo a ser bombardeado por uma forte propaganda sobre fim do sistema, tal como uma propaganda de promoção das Casas Bahia. CORRA SALVE SE JÁ! É SÓ ATÉ AMANHÃ, NO SALÃO DO REINO! Junto dessa propaganda vem acompanhado as maledissencias dos que deixaram de participar do grupo. Logo eu tentando me mostrar justo, tomo o lado dos DIREITOS, e tambem entro na onda de maldizer os que deixaram o grupo e os que não fazem parte do grupo.

Só que eu não resolvi o meu problema de depressão e tristeza, em alguns anos essa organização americana não vai mais conseguir me manter animado (leia-se hipnotizado), ai eu vou querer dar atenção as minhas vontades, ir ao cinema, ter relações sexuais e tudo mais que dá prazer ao nosso coração. Eis que vem o balde de água fria e eu sou taxado de fraco na fé! Agora sou como aqueles que eu mais condenei, então desejo sair por vergonha, mas não consigo! Deus odeia que está fora da Organização! Só há esperança 'segura' se eu me manter integro na fé, e permanecer na organização.

Agora só sobraram dois caminhos, ou continuo com minha alma vendida ao Corpo Governante, eu assumo o controle de minha vida.

Bonito texto não? Escrevi em alguns minutos, na verdade nem fiz correção ainda. Mas dá para responder um bocado dessa questão levantada.

Apostasia: Até que ponto influencia uma decisão pessoal?

Depende muito! Até que ponto eu vinculei minha necessidade de segurança a Torre de Vigia? Se caso o vinculo for total, dificilmente a maior evidencia do mundo vai me tirar dessa organização, sempre serei dependente deles afinal eu nunca me dei atenção ou o direito de decidir o que quero para mim mesmo.
"Realidade é aquilo que, quando você para de acreditar, não vai embora."
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shurelambers
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Re: Apostasia: Até que ponto influencia uma decisão pessoal?

Mensagem não lida por shurelambers »

Joker escreveu:Até que ponto eu vinculei minha necessidade de segurança a Torre de Vigia? Se caso o vinculo for total, dificilmente a maior evidencia do mundo vai me tirar dessa organização, sempre serei dependente deles afinal eu nunca me dei atenção ou o direito de decidir o que quero para mim mesmo.
Ótima pergunta.

Devo admitir que alguns mesmo quando quebram a cara acabam voltado, justamente por terem vinculado totalmente sua necessidade de segurança a Torre de Vigia.

Será então que podemos dizer que os que tomaram coragem e sairam (mesmo porque tenham quebrado a cara) são pessoas mais estáveis e saudáveis psicologicamente e que nunca dependeram totalmente da Torre?

Abs
MontMor
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Re: Apostasia: Até que ponto influencia uma decisão pessoal?

Mensagem não lida por MontMor »

No meu caso, estava afastado, pensando em voltar às reuniões quando tive acesso ao material da dissidência. Foi o bastante pra me afastar de vez.
.
Daí falando com pessoas que ainda estão no salão, fornecendo textos, materiais, etc, a impressão que dá é que tudo isso não tem muita importância. Já ouvi tj dizer que não sabe viver outra vida além daquela que os padrões TJ´s delineou.
.
Também teve o caso de uma amiga que está desassociada, e pra variar, abandonada e discriminada pela congregação, justo na hora em que ela mais precisa de apoio. Mantive contato com ela, conversei, disse do meu intento de não voltar mais para o salão, dos erros que descobri, e pra minha surpresa, que pensava que o fato dela ter 'quebrado a cara' faria com que ela fosse mais suscetível a analisar os fatos, ela se mostrou todo espantada/preocupada comigo... mostrando que ainda acredita na torre e que se sente culpada por estar desassociada.

É bem o que o Joker disse, a tj depositou todas suas esperanças/expectativas/anseios nas promessas da torre. Abandonar tudo, reconstruir a vida é para muitos inconcebível.
"Não tá morto quem peleia!!!"
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leandro
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Re: Apostasia: Até que ponto influencia uma decisão pessoal?

Mensagem não lida por leandro »

Se eu entendi bem o Aribagachi Não está a perguntar como o material apostata nos influenciou.

O que ele pregunta é até que ponto o material apostata que temos disponivel é suficientemente capaz de abrir os olhos a TJ's que tenham acesso a tal material.

Eu acho que é bom,mas não tão bom como devia. Isso só nos mostra que a dessidência tem que trabalhar muito mais. Se quer fazer um bom trabalho de cidaddania.

PETRAKOV
A felicidade é o Supremo Bem e o propósito da vida, o completo desígnio e finalidade da existência humana.

**Aristóteles**
André Felix
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Registrado em: 01 Nov 2008 09:42

Re: Apostasia: Até que ponto influencia uma decisão pessoal?

Mensagem não lida por André Felix »

MontMor escreveu: É bem o que o Joker disse, a tj depositou todas suas esperanças/expectativas/anseios nas promessas da torre. Abandonar tudo, reconstruir a vida é para muitos inconcebível.
Vocês têm razão.
Existe uma processo de doutrinação e tudo depende do grau de envolvimento emocional. Mesmo uma pessoa desassociada ou injustiçada pode continuar emocionalmente dependente. Eu mesma relevava injustiças racionalizando que estas eram frutos da "imperfeição humana" e que se tratava de um problema local, que não representava a "fraterniadade mundial". Um engano.
O pensamento é o ensaio da ação.
Sigmund Freud
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