Qual será o objetivo da torre???

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TestemunhadeNinguém
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Re: Qual será o objetivo da torre???

Mensagem não lida por TestemunhadeNinguém »

Respondendo à questão do tópico, na minha opinião, a Torre tem um objetivo que visa continuar perpetuando seu sistema no futuro, baseando-se, por ex., em 2 Ped. 3:13. (Novos Céus e Nova Terra). Sou da opinião de que eles realmente acreditam no que pregam. Ouvi num site, que não me lembro mais qual é, que o sistema de 2 classes (144.000 e Grande Multidão) foi criado pra controle de massas, os que governam e os que são governados. Por isso, o objetivo creio que seja manter esse sistema no futuro. Eles do Corpo Governante, que são dos 144.000, continuam, no futuro, quando o Reino já tiver dominado os assuntos terrestres, a governar o povo da "nova terra" (Grande Multidão) que seriam aqueles que alcançaram a salvação. Falo isso pois ouvia essa ideologia várias vezes em discursos. Ex. "o povo de Jeová está sendo preparado agora para viver no Novo Mundo". Quer dizer, o objetivo é manter a religião em cena PRA SEMPRE. É o que eu penso.
Mente Independente
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Re: Qual será o objetivo da torre???

Mensagem não lida por Mente Independente »

Bom, Ateialiberta, assim como vc, tb me amarro nessas teorias da conspiração. Acho elas no mínimo interessantes. :mrgreen: Com certeza, vc já deve ter lido em algum site ou artigo na internet sobre Illuminatis e tal, q a elite da Torre entrou para os Illuminati nos anos 50, bem como os mórmons. Vamos partir, então, desse pressuposto (é, começou a sessão de especulações hehehe):
Ateialiberta escreveu:Bom referente a novas luzes fiquei me questionando o pq! Pq ela admite a mudança que em contra partida outras religiões não mudam ou se recusam a mudar!
Para mim há um interesse futuro maior, por exemplo começar a ingressar na política pois muitos adptos são marionetes e com certeza votariam em seus anciãos e servos ministeriais....Ou interesses governamentais que cmo os adeptos estão acostumados com novas luzes vão aceitar as mudanças sem questionar! é como se comesse pelas bordas... :D1
Poderíamos dizer q a Torre, nesse caso, está preparando as TJtinhas para a Nova Ordem Mundial, onde, depois do aniquilamento de 80% da população mundial (seria esse o Armagedom pregado pela Torre? :shock: ) a população sobrevivente teria q se sujeitar ao governo dos Illuminatis, e, para tanto, deveriam ter o tal "espírito de obediência", ou de submissão, não questionando as imposições difundidas por tal governo. :9 As "novas luzes" da Torre seriam, portanto, só um preparativo para isso, acostumando as TJs a serem submissas mesmo face a mudanças drásticas. :geek:
Ateialiberta escreveu:Referente a lavagem cerebral que é feita muito psicologicamente para mim é a forma mais segura de segurar o adpto por muitos e muitos anos, vamos pensar nas igrejas evangélicas...Como funciona a lavagem?? de forma emotiva exaltando as emoções NAQUELE momento o que faz a pessoa agir por impulso e dar dinheiro e outras coisas.. Isso nõ é interessante para a torre, o que é interessante para ela é a dependencia emocional!! Se vc sair não terá mais seus familiares e amigos falando com vc, se vc fizer tal coisa deus vai ver, temer a deus e viva para sempre, o serviço de campo é o termometro espiritual e blá blá blá... :10 :10 :10 :9 :9 :9 :9

Agora eu pergunto qual objetivo a torre tem de querer que a pessoa seja dependente psicologicamente dela??

Fama?? Objetivos governamentais envolvendo política??? Ou há algo muito maior por trás da torre necessitando de pessoas que em algum mmento possam obedecer sem questionar mesmo sendo a maior loucura do mundo???
Exatamente, uma dependência emocional é o gatilho para a pessoa aceitar tudo q venha do comando central, nesse caso, o Corpo Governante. E a maior arma da Torre para criar essa dependência emocional, penso eu, é a esperança de viver eternamente na Terra, em perfeição, e, principalmente, da ressurreição dos mortos. Quem não gostaria de poder viver eternamente na Terra, com saúde perfeita, junto com seus entes queridos falecidos, q tb teriam saúde perfeita, e poderiam tb viver para sempre, juntamente com vc? Atraente essa esperança, não é? Com essa esperança em mente, mais a promessa de um "paraíso espiritual" no presente, com uma fraternidade internacional de irmãos, a pessoa agarra-se à Torre para possivelmente, nunca mais largá-la. Mesmo q para isso tenha de apoiar "a maior loucura do mundo", como vc mesma falou. E é aí tb q entra a questão das regras, proibições e imposições, q vc citou no começo do seu post. As regras nada mais são do q uma forma de exercer domínio sobre os adeptos, e, ao mesmo tempo, fazer com q a pessoa faça mais pela organização, e seja obediente sempre. Por exemplo, uma TJ q talvez cometa um "pecado pequeno", como ler matérias dissidentes ou mesmo ver pornografia, pode pensar q, por fazer mais na pregação, "Jeová" irá perdoá-la. Por aí...
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Benji
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Re: Qual será o objetivo da torre???

Mensagem não lida por Benji »

Essa é uma questão que me faço desde o primeiro dia que comecei a ler sobre o escondido por debaixo dos panos e passar a desacreditar e ter fé nos ensinos da Torre. Isso se dá principalmente por as TJs serem uma religião apocalíptica, vivem 24h alertas sob o medo de que se não se agarrarem o máximo que podem a sua fé amanha começará uma grande tribulação de sofrimento como nunca houve antes e as pessoas serão exterminadas em massa restando apenas as TJs pra limpar os cadáveres ou esperarem que Jeová dê um jeito neles, diferente de uma religião como a católica, por exemplo, com toda sua tradição e todos os seus podres ainda é "suprema" entre as outras mesmo "ignorando" as partes da Biblia usadas pelas TJ para alertar sobre o fim do mundo, claro que isso se dá por ser uma religião histórica e enraizada no mundo ocidental.

Ok, existem muitas seitas e religiões apocalípticas, mas a questão é que as TJ sempre estão procurando uma brecha pra fortalecer mais ainda a ideia de que o fim já é na semana que vem, não se preocupam em dar uma esfriada nesse assunto pra manter a estabilidade relativa que eles já têm sem que as pessoas se cansem de esperar por esse fim, à base do medo conseguem manter tanta gente os servindo por 30, 40, 50 anos e firmes naquela fé. Eles vão desde dizer que o fim virá quando todos os ungidos morrerem e forem pro céu a grande tribulação começará, por isso todo ano dizem que o número de ungidos vem diminuindo, depois procurando cada acontecimento que seja na sociedade em geral, ou avanço na tecnologia, ou avanço na política, ou dizer que o termo ''paz e segurança'' está bem próximo de ser dito pra poder fortalecer mais ainda essa ideia.

E daí você vê hoje, já é uma religião de mais de um século sempre empurrando esse ''fim mais proximo do que vc imagina'' com a barriga. Me pergunto onde isso vai dar? Vão só repassando de geração por geração no aguardo desse fim, esperando os TJs de agora morrerem e seus filhos permanecerem fiéis no aguardo de os verem ressuscitados e assim sucessivamente? Ou daqui pra frente o mundo vai piorar mesmo de vez ao ponto de se tornar insuportável viver aqui e os humanos vão acabar sendo extintos e aí eles acharão a oportunidade de dizer que é o fim que eles tanto pregavam séculos antes e a Biblia estava certa?
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amanhecer
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Re: Qual será o objetivo da torre???

Mensagem não lida por amanhecer »

Lendo esse post do Benji, acima do meu comentário, me lembrei de um trecho do livro do Franz, Crise de Consciência e vou colocar aqui. Sobre essa questão apocalíptica, Rutherford, em sua ânsia em obter o livramento e sua recompensa espiritual, acreditou tanto que o fim estava próximo que orientou os jovens a não se casar nesse mundo e esperarem o fim vir para que se casassem e tivessem filhos no novo mundo. A iminência de um fim próximo causa uma 'histeria'. Veja:

Crise p 16-18
Veio o verão de 1941 e, contrário à minha expectativa, achei-me assistindo a outra assembléia realizada em Saint Louis, Missouri. Ainda me lembro de ver as multidões se aglomerando em torno do Juiz Rutherford enquanto era conduzido até o local da assembléia num carro espaçoso, com Hayden Covington e o vice-presidente Nathan Knorr, ambos homens de estatura corpulenta, em pé sobre os estribos como guarda-costas.
No último dia da assembléia, Rutherford fez com que todos os jovens de cinco a dezoito anos de idade se sentassem diante da tribuna. Depois de seu discurso preparado, falou-lhes extemporaneamente. Homem alto, de aparência costumeiramente séria e de tom grave, Rutherford falou com uma persuasão quase paternal e recomendou a estes jovens que tirassem o casamento de suas mentes até a volta de Abraão, Isaque, Jacó e de outros homens e mulheres fiéis do passado, que seriam ressuscitados em breve e os orientariam em sua escolha de cônjuges. A cada um deles foi dado um exemplar gratuito do novo livro intitulado Filhos. Como recurso de desenvolvimento da matéria, apresentava um casal de Testemunhas jovens, João e Eunice, que estavam noivos, mas haviam decidido adiar seu casamento até a chegada da Nova Ordem tão próxima. No livro, João dizia a Eunice:

"A nossa esperança é que, dentro de poucos anos, o nosso casamento possa ser consumado e, pela graça do Senhor, teremos lindos filhos que serão uma honra ao Senhor. Podemos bem adiar o nosso casamento até que a paz duradoura venha à terra. Agora nada devemos acrescentar às nossas tarefas, mas estejamos livres e equipados para servir ao Senhor. Quando a TEOCRACIA estiver completamente estabelecida, não será dificultoso criar filhos."

Eu estava na época com 19 anos e, hoje, na casa dos 80, ainda consigo me lembrar da empolgação emocional, uma estranha mistura de agitação e depressão, que aquelas afirmações geraram em mim. À minha idade, ser confrontado com declarações dessa espécie, que, em essência, exigiam que eu tomasse a decisão de deixar de lado o interesse pelo casamento para uma ocasião indefinida, tinha um efeito perturbador. Talvez eu pudesse avaliar melhor o que homens jovens, que contemplam entrar para o sacerdócio católico, experimentam.

Evidentemente, a importância das recomendações insistentes do presidente da Torre de Vigia se baseavam na brevidade do tempo até o Armagedom. Conforme disse posteriormente a revista A sentinela de 15 de setembro de 1941 (em inglês), ao descrever a ocasião:

"Ao receber o presente [o livro Filhos], as crianças enfileiradas seguravam-no junto a si, não como um brinquedo ou passatempo para o prazer ocioso, mas como o instrumento provido pelo Senhor para a obra mais eficaz nos meses que restam antes do Armagedom."

Anos mais tarde eu soube que o Juiz Rutherford estava, à essa altura, morrendo de câncer. Por muitos anos, ele estivera separado de sua esposa que também era Testemunha e vivia como uma inválida na Califórnia; o seu único filho, ao tornar-se adulto, não demonstrou nenhum interesse pela religião de seu pai. Meu tio, Fred Franz, disse que a condição debilitada do Juiz, junto com seu forte desejo de que o “fim” viesse enquanto ele ainda estivesse vivo para presenciá-lo, motivaram muitas de tais declarações, como as feitas em 1940 e 1941.

Desde então, tenho raciocinado que, se o casal do livro tivesse sido real em vez de imaginário, o período de seu noivado teria sido certamente bastante longo, de fato, ainda estaria vigorando. Todas as jovens presentes àquela assembléia estariam agora muito além da idade de ter filhos, estando pelo menos com uns sessenta anos de idade. Alguns dos que estavam então presentes como crianças seguiram, não obstante, lealmente o conselho ouvido e permaneceram solteiros, passando pelo que podia ser chamado de anos casadouros normais até se tornarem solteirões e solteironas.
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Benji
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Re: Qual será o objetivo da torre???

Mensagem não lida por Benji »

amanhecer escreveu:Lendo esse post do Benji, acima do meu comentário, me lembrei de um trecho do livro do Franz, Crise de Consciência e vou colocar aqui. Sobre essa questão apocalíptica, Rutherford, em sua ânsia em obter o livramento e sua recompensa espiritual, acreditou tanto que o fim estava próximo que orientou os jovens a não se casar nesse mundo e esperarem o fim vir para que se casassem e tivessem filhos no novo mundo. A iminência de um fim próximo causa uma 'histeria'. Veja:

Crise p 16-18
Veio o verão de 1941 e, contrário à minha expectativa, achei-me assistindo a outra assembléia realizada em Saint Louis, Missouri. Ainda me lembro de ver as multidões se aglomerando em torno do Juiz Rutherford enquanto era conduzido até o local da assembléia num carro espaçoso, com Hayden Covington e o vice-presidente Nathan Knorr, ambos homens de estatura corpulenta, em pé sobre os estribos como guarda-costas.
No último dia da assembléia, Rutherford fez com que todos os jovens de cinco a dezoito anos de idade se sentassem diante da tribuna. Depois de seu discurso preparado, falou-lhes extemporaneamente. Homem alto, de aparência costumeiramente séria e de tom grave, Rutherford falou com uma persuasão quase paternal e recomendou a estes jovens que tirassem o casamento de suas mentes até a volta de Abraão, Isaque, Jacó e de outros homens e mulheres fiéis do passado, que seriam ressuscitados em breve e os orientariam em sua escolha de cônjuges. A cada um deles foi dado um exemplar gratuito do novo livro intitulado Filhos. Como recurso de desenvolvimento da matéria, apresentava um casal de Testemunhas jovens, João e Eunice, que estavam noivos, mas haviam decidido adiar seu casamento até a chegada da Nova Ordem tão próxima. No livro, João dizia a Eunice:

"A nossa esperança é que, dentro de poucos anos, o nosso casamento possa ser consumado e, pela graça do Senhor, teremos lindos filhos que serão uma honra ao Senhor. Podemos bem adiar o nosso casamento até que a paz duradoura venha à terra. Agora nada devemos acrescentar às nossas tarefas, mas estejamos livres e equipados para servir ao Senhor. Quando a TEOCRACIA estiver completamente estabelecida, não será dificultoso criar filhos."

Eu estava na época com 19 anos e, hoje, na casa dos 80, ainda consigo me lembrar da empolgação emocional, uma estranha mistura de agitação e depressão, que aquelas afirmações geraram em mim. À minha idade, ser confrontado com declarações dessa espécie, que, em essência, exigiam que eu tomasse a decisão de deixar de lado o interesse pelo casamento para uma ocasião indefinida, tinha um efeito perturbador. Talvez eu pudesse avaliar melhor o que homens jovens, que contemplam entrar para o sacerdócio católico, experimentam.

Evidentemente, a importância das recomendações insistentes do presidente da Torre de Vigia se baseavam na brevidade do tempo até o Armagedom. Conforme disse posteriormente a revista A sentinela de 15 de setembro de 1941 (em inglês), ao descrever a ocasião:

"Ao receber o presente [o livro Filhos], as crianças enfileiradas seguravam-no junto a si, não como um brinquedo ou passatempo para o prazer ocioso, mas como o instrumento provido pelo Senhor para a obra mais eficaz nos meses que restam antes do Armagedom."

Anos mais tarde eu soube que o Juiz Rutherford estava, à essa altura, morrendo de câncer. Por muitos anos, ele estivera separado de sua esposa que também era Testemunha e vivia como uma inválida na Califórnia; o seu único filho, ao tornar-se adulto, não demonstrou nenhum interesse pela religião de seu pai. Meu tio, Fred Franz, disse que a condição debilitada do Juiz, junto com seu forte desejo de que o “fim” viesse enquanto ele ainda estivesse vivo para presenciá-lo, motivaram muitas de tais declarações, como as feitas em 1940 e 1941.

Desde então, tenho raciocinado que, se o casal do livro tivesse sido real em vez de imaginário, o período de seu noivado teria sido certamente bastante longo, de fato, ainda estaria vigorando. Todas as jovens presentes àquela assembléia estariam agora muito além da idade de ter filhos, estando pelo menos com uns sessenta anos de idade. Alguns dos que estavam então presentes como crianças seguiram, não obstante, lealmente o conselho ouvido e permaneceram solteiros, passando pelo que podia ser chamado de anos casadouros normais até se tornarem solteirões e solteironas.
E hoje em dia, tantas décadas depois o conselho ainda é o mesmo: Permaneçam solteiros, deixem pra casar no novo mundo pois lá não haverão problemas no casamento e a felicidade será plena. Se não me engano, no congresso desse ano tem uma parte dedicada aos solteiros pelo que vi falar, devem requentar esse discurso do Juiz Rutherford de 1941.
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