Consciência, é Física ou Espiritual?

[DiegoRoys]

Existe uma definição,ou melhor, um raciocínio que particularmente fantástico de Sócrates a esse respeito.
Conta-se que Sócrates, logo antes de tomar cicuta, estava reunido com seus discípulos mais íntimos, todos, logicamente muito tristes por ver seu mestre a poucos passos da morte. Um deles, (o qual não me recordo o nome), interpelou Sócrates por ele se mostrar tão serene dianto do fato mais importante da vida, ou seja a morte.
- (Fulano) - "Como pode estar tão calmo Sócrates, sabendo que a hora da morte está tão próxima?"
- (Sócrates) - "É que eu raciocino, a ideia de me separar do corpo não me assusta, ao contrário, me alegra."
- (Fulano) - "O Sábio deveria portanto, apressar a hora de sua morte?""
- (Sócrates) - "Não, pois tem que respeitar a vontade dos deuses..."
(...)
- (Sócrates) - "É difícil lhes convencer desta verdade. Para mim a morte não é uma desgraça, portanto falem.)
- (Cebes) - "Temo Sócrates, que a alma uma vez abandonando o corpo, também perca a vida."
- (Sócrates) - "Diga-me Cebes, quem dá vida ao corpo?"
- (Cebes) - " A alma."
- (Sócrates) - "E é sempre assim?"
- (Cebes) - "Sem dúvida."
- (Sócrates) - "A alma que dá vida ao corpo sempre é portadora de vida?"
- (Cebes) - "Sim".
- (Sócrates) - "E a vida tem um 'contrário', ou o contrário da vida é o nada?"
- (Cebes) - "A vida tem um contrário que é a morte."
- (Sócrates) - "A alma não pode, então receber a morte, que é o contrário desta vida, da qual, em si, é a fonte. E como qualificar os seres que escapam à morte?"
- (Ceres) - "Como imortais."
- (Sócrates) - "A alma, não podendo receber a morte, é portanto imortal."

Interessante não?

Super interessante, temos que nos aprofundar mais nisso.

[Abenildo]

Exato Diego Roys! E trata-se um tema que se relaciona com muitos outros.
Veja que na sua pergunta está inclusa a da existência da espiritualidade.

Por exemplo, Nietzsche diz incisivamente que não há espiritualidade, não há mundo após este que possa compensar algum crédulo por suas abstinências do mundo visível, não há Deus, nem planos divinos, nós estamos sós e lutamos entre nós na busca do poder. (Claro, estou tentando ser o mais objetivo e conciso na afirmação, posto que Nietzsche é um dos filósofos mais controversos e complexos da história).

Eu proponho então que possamos aqui um diálogo saudável e dialético a respeito, não apenas da questão da espiritualidade ou não da consciência, ou da razão, mas incluindo aí o pressuposto fundamental, ou seja se há ou não o "espiritual".

Para tanto, recomendo uma aula de filosofia sobre o grande pensador Augostinho, mais conhecido por Santo Augostinho, um dos Pais da Igreja. E desejo que antes disso, façamos uma importante reflexão: Nós fomos "educados", ou melhor "inculcados", a rejeitar de pronto qualquer pensamento originário dos demonizados pela Torre. Percebo, nesses anos todos de apostasia, que mesmo aqueles que claramente desvincularam-se da organização, ainda mantém o mesmo visgo no julgamento, ou, ainda pior, deplora o argumento por simplesmente acha que é mais do mesmo da porcaria que eles vomitaram.
Assim, senhores, com o pressuposto de nosso amigo Sócrates, assumam de pronto que nada sabem e abram a mente para o exercício primo de toda mente, a de pensar e usar sua razão para busca da verdade. (Como diria ainda Kant, tenhamos a "maior idade mental", por sabermos por nós mesmos o porquê de acreditar no que acreditamos.)

Então, vamos à aula. Por favor, devotem tempo de qualidade, pois trata-se de um tema delicado e trabalhoso, o caminho é longo e o vídeo também. Santo Augostinho, o Livre Arbítrio - Deus. Tenham bom proveito!

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[Thiago]

Sobre esse tema penso que a melhor forma de tirar a prova é através da auto- experimentação por meio de técnicas que qualquer um pode tentar sem riscos (técnicas de experiências fora do corpo, de bioenergia, dentre outras). Assim não dependemos de ter de esperar a ciência ou terceiros comprovarem se a consciência efetivamente transcende os sentidos biológicos. Afinal, se a nossa consciência realmente é espiritual ou transcendente, é lógico concluir que todos podem obter provas concretas acerca disso. Se assim não fosse, seria isso mera questão de fé, especulação filosófica e credulidade.

Até o presente momento desconheço explicações biológicas para explicar por exemplo, fenômenos premonitórios autênticos e recorrentes, que superam toda e qualquer possibilidade de mero acaso estatístico e eventual. Também não sei de explicação de como os sentidos físicos seriam capazes de obter informações corretas sobre fatos distantes usando concentração e técnicas de experiência extracorpórea. O que fortalece a tese de que temos mais do que um corpo além do físico, e esse corpo pode atuar independente dos sentidos biológicos conhecidos e até se deslocar a distância. Pelo menos essas são algumas das minhas experiências que tenho anotado fazendo auto-pesquisa, sem citar as experiências alheias, alcançadas sob condições diversas. Outro fato que considero provado é a existência real e objetiva da bioenergia e o poder que temos de mover e direcionar nossa bioenergia para fins diversos, como a cura, por exemplo.

Nesse vídeo mostra alguns experimentos feito dentro de uma ressonância magnética nuclear, aonde o sujeito, já experiente em técnicas de auto-mobilização bioenergética, ele move sua própria bioenergia e até exterioriza e isso é detectado visivelmente pela ressonância magnética nuclear (a partir de 56:00 min.). Também é feito experimento dentro dessa máquina aonde o sujeito transfere usando apenas a vontade, bioenergia para dentro de uma garrafa de água e a ressonância magnética nuclear detecta alteração visível na água durante o experimento. Isso é mostrado a partir de 1:03:25

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A única razão pela qual eu admito que nossa consciência não deriva do cérebro, e nem depende dele para existir de fato, é as diversas experiências auto-induzidas (sem uso de qualquer substância química ou hipnose) que já fiz e ainda faço. Na internet há abundância de técnicas, livros e grupos sobre isso. Alguns abordam esses temas com abordagem meramente religiosa e doutrinária (não é o meu caso) e outros abordam com um enfoque mais livre, deixando a pessoa pesquisar por si mesmo e tirar as próprias conclusões.

[DiegoRoys]

Minha experiência já tem haver com química e natureza...
Mas que tive medo tive, porque as minhas experiência foram quase-morte.