Anciãos não "estabelecem infindáveis regras e procedimentos"

Debates e discussões acerca das crenças, doutrinas e a história das Testemunhas de Jeová.
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Pássaro
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Re: Anciãos não "estabelecem infindáveis regras e procedimentos"

Mensagem não lida por Pássaro »

a tjtada por aqui anda tão dispersa em relação ás coisas da seita que tiveram que ser lembrados sobre os novos assuntos nas revistas!
O barco da torre tá afundando?
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Bart
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Re: Anciãos não "estabelecem infindáveis regras e procedimentos"

Mensagem não lida por Bart »

Na minha cidade natal tem um ancião mt mente aberta, que batia de frente com superintendente metido a mandão que queria por regra e cabresto por estar numa posição 'superior' que vai perder os privilégios por 'orgulho e rebeldia'. Gente, tem coisa mais subjetiva do que 'orgulho e rebeldia'? Eu tô triste por isso, sinceramente. Por ele. Esse cargo é a vida dele, cara. É o que ele tá se dedicando a fzr há mais de 20 anos, gente. 20 anos! Ele ligou pra mim todo feliz há 2 semanas pra eu fzr um discurso lá em outubro..

Na minha congregação atual tem 1 ancião que vende produtos piratas (tem um civic do ano, completo, lindo), 1 servo que faz o mesmo (tem um corolla novinho e várias casas), 1 ancião que trabalha com AGIOTAGEM e tem processos na justiça por negócios fraudulentos (tem mtas casas, terrenos, tem uma autopeças, uma locadora de carros e mts carrões), 1 servo que tem uma madeireira há uns 15 anos, não-registrada (não paga imposto, tem um corolla 2013 e é rico) e recebe bolsa familia (!!!), mas como são uns bundões, fzm o que se manda 'a tempo e a hora', td certo, tá td ok, não são 'orgulhosos e rebeldes', nem taxados de infiéis, fracos na fé, que merecem disciplina. Mas o pobre coitado lá, só pq não quis se sujeitar a td que se manda, logo foi taxado de 'rebelde'. HIPOCRISIA! INJUSTIÇA!!

Cadê a coerência?

*ele ainda não perdeu os priv., vai perder nos próx. dias.
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Mexplica
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Re: Anciãos não "estabelecem infindáveis regras e procedimentos"

Mensagem não lida por Mexplica »

Falando em anciãos estabelecerem regras, quero aproveitar o ensejo desse tópico pra lançar aqui uma pergunta que eu fiquei me fazendo hoje, durante a reunião que assisti. Sou divorciada de meu primeiro marido, sem base bíblica, e casei novamente com um não TJ, e por isso fui desassociada. Sei que a maioria das desassociações feitas por anciãos são por motivo de imoralidade sexual, adultério, fornicação e afins. Raramente ouvimos falar de alguém que foi desassociado por outros motivos, exceto pela chamada apostasia. Nas judicativas são lidos textos onde consta que tipo de pecado cometemos e o quanto Deus odeia isso e por tal motivo e por não acharem que estamos genuinamente arrependidos (entre outros motivos excusos que não admitem pra gente, claro), vamos ser expulsos da congregação e passar por tudo que todo mundo por aqui sabe que um desassociado passa. Daí eu me pergunto, quem define as regras nesse sentido, qual pecado é tão grave a ponto de ser passível de desassociação? Onde na Bíblia tem o pecadinho e o pecadão? Pelo contrário, lá diz que quem é fiel no mínimo, também é fiel no muito. Quem tem o direito, ou foi designado pra dizer que ter relações sexuais sem estar casado é mais grave do que falar mal de uma pessoa a ponto de causar sérios danos morais e emocionais a ela? Quem foi que definiu que se separar do marido e casar denovo é mais sério do que mentir pra tirar proveito financeiro? Quem??????? Aonde isso está na Bíblia? :2
Sim, porque pelo que me consta, se Deus odeia o divórcio, Ele também odeia muitas outras coisas, e até mais, pela ênfase que é dada. Por exemplo olhem Provérbios 6: 16 em diante: "Há seis coisas que Jeová deveras odeia; sim, há sete coisas detestáveis para a sua alma: olhos altaneiros, língua falsa e mãos que derramam sangue inocente, o coração que projeta ardis prejudiciais, pés que se apressam a correr para a maldade, a testemunha falsa que profere mentiras e todo aquele que cria contendas entre irmãos."
Sendo assim, muito mais gente teria que ser punida com a desassociação. Percebi então que não há um seguimento correto das escrituras nessa religião e que tudo é muito parcial, muito machista e com um falso moralismo, porque tem coisas que prejudicam mais o rebanho do que um irmão vez por outra dar uma puladinha de cerca, ou um casal de namorados que dá amassos a mais. Não que isso seja moralmente coreto do ponto de vista da Bíblia, mas vejo aí um desequilíbrio na hora de analisar as prioridades do grupo. Pronto, desabafei...
O que é certo? O que é errado?

* O maior inimigo da verdade, é o medo de descobri-la. *
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Eduardo.TJ
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Re: Anciãos não "estabelecem infindáveis regras e procedimentos"

Mensagem não lida por Eduardo.TJ »

Mexplica escreveu:Falando em anciãos estabelecerem regras, quero aproveitar o ensejo desse tópico pra lançar aqui uma pergunta que eu fiquei me fazendo hoje, durante a reunião que assisti. Sou divorciada de meu primeiro marido, sem base bíblica, e casei novamente com um não TJ, e por isso fui desassociada. Sei que a maioria das desassociações feitas por anciãos são por motivo de imoralidade sexual, adultério, fornicação e afins. Raramente ouvimos falar de alguém que foi desassociado por outros motivos, exceto pela chamada apostasia. Nas judicativas são lidos textos onde consta que tipo de pecado cometemos e o quanto Deus odeia isso e por tal motivo e por não acharem que estamos genuinamente arrependidos (entre outros motivos excusos que não admitem pra gente, claro), vamos ser expulsos da congregação e passar por tudo que todo mundo por aqui sabe que um desassociado passa. Daí eu me pergunto, quem define as regras nesse sentido, qual pecado é tão grave a ponto de ser passível de desassociação? Onde na Bíblia tem o pecadinho e o pecadão? Pelo contrário, lá diz que quem é fiel no mínimo, também é fiel no muito. Quem tem o direito, ou foi designado pra dizer que ter relações sexuais sem estar casado é mais grave do que falar mal de uma pessoa a ponto de causar sérios danos morais e emocionais a ela? Quem foi que definiu que se separar do marido e casar denovo é mais sério do que mentir pra tirar proveito financeiro? Quem??????? Aonde isso está na Bíblia? :2
Sim, porque pelo que me consta, se Deus odeia o divórcio, Ele também odeia muitas outras coisas, e até mais, pela ênfase que é dada. Por exemplo olhem Provérbios 6: 16 em diante: "Há seis coisas que Jeová deveras odeia; sim, há sete coisas detestáveis para a sua alma: olhos altaneiros, língua falsa e mãos que derramam sangue inocente, o coração que projeta ardis prejudiciais, pés que se apressam a correr para a maldade, a testemunha falsa que profere mentiras e todo aquele que cria contendas entre irmãos."
Sendo assim, muito mais gente teria que ser punida com a desassociação. Percebi então que não há um seguimento correto das escrituras nessa religião e que tudo é muito parcial, muito machista e com um falso moralismo, porque tem coisas que prejudicam mais o rebanho do que um irmão vez por outra dar uma puladinha de cerca, ou um casal de namorados que dá amassos a mais. Não que isso seja moralmente coreto do ponto de vista da Bíblia, mas vejo aí um desequilíbrio na hora de analisar as prioridades do grupo. Pronto, desabafei...

É, querida MeExplica. Complicado.
O ponto base é o que a Bíblia citou que nem adúlteros, nem fornicadores, nem gananciosos, extorsores, etc, etc, etc, herdarão o reino da Xuxa de Deus.

Esse é o ponto principal no qual o CG define (sim, é ele quem define) quais pecados são graves, ou não.
No entanto, a Tagarelice também é tida como pecado sério, muitas vezes, passivo de comissão judicativa. Só que raramente vemos os anciãos fazerem comissão para esse tipo de transgressão, até porque, nesse caso, eles teriam que meter 90% ou mais da congregação em comissões, incluindo as suas esposas.

A Bíblia diz que Deus odeia o divórcio, realmente.
Mas o problema é que como sempre, os TJs e outros religiosos tiram o assunto de contexto. O deus dessas pessoas se referia a maridos que largavam as esposas abandonas sem motivos justos e se casavam com outras mulheres, tratando as suas esposas anteriores como lixo. Os israelitas faziam isso e Jeová criticou esse comportamento. Afinal, aquelas mulheres estavam enchendo o saco dele com tantas orações e lágrimas. Mas note: Ele não fez nada de concreto para com aquela situação!

A Torre então, na sua audácia de afirmar que entende qual é a vontade de Deus, desassocia quem se divorcia sem a chamada "base bíblica", que se baseia na afirmação de Jesus de que só é base para divórcio o adultério. Eu contesto essa colocação na Bíblia. Afinal, pense numa esposa que leva porrada dia e noite do marido. Então, biblicamente ela não pode casar novamente com alguém que a trate com dignidade? "Ahpamerda", né!

Mas enfim, concordo totalmente com sua análise.
No fim das contas, se existe um deus amoroso, não acho que ele classifica adultério como algo mais grave que um estupro ou um assassinato. Embora a Torre diz que é a mesma coisa... eu não penso assim.
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Apenas as Testemunhas de Jeová não conhecem as Testemunhas de Jeová.
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James2013
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Re: Anciãos não "estabelecem infindáveis regras e procedimentos"

Mensagem não lida por James2013 »

Questiono-me meus queridos: qual é a base bíblica para a instauração de uma comissão judicativa? Alguém já viu na Bíblia alguma mínima evidência da existência de uma comissão judicativa? Verdadeiramente, o fato é que este é mais um dos procedimentos desprovidos de embasamento bíblico. Pelo contrário, confira o texto de Tiago 5:14-16. Primeiro esses versículos não estão incentivando ninguém a confessar pecados aos anciãos. Veja:
James2013 escreveu:
Sfoc verdade escreveu:
James2013 escreveu:Um ancião ao ser questionado sobre o significado da orientação de ser obediente e submisso dada em Heb.13:7, 17 responderia:
A nota de rodapé da Rbi8 verte a expressão "que tomam a dianteira entre vós" da seguinte forma: "Ou “são vossos governadores”. Gr.: he·gou·mé·nois hy·món. Veja Mt 2:6 n.: “governadores”". ...
Acho que todos aqui imaginam o que diria o mesmo ancião quando questionado sobre o que Tiago quis dizer em Tiago 1:14, 15: "Há alguém doente entre vós? Chame a [si] os anciãos da congregação, e orem sobre ele, untando-o com óleo em nome de Jeová. E a oração de fé fará que o indisposto fique bom, e Jeová o levantará. Também, se ele tiver cometido pecados, ser-lhe-á isso perdoado." Mas, leia o contexto e pergute-se: Onde estou sendo incentivado a confessar meus pecados aos anciãos? Até porque o versículo 16 diz: "Portanto, confessai abertamente os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para que sejais sarados. A súplica do justo, quando em operação, tem muita força." A súplica do ancião não têm maior força do que a dos outros irmãos. E, novamente eu pergunto: Onde você está sendo incentivado a confessar seus pecados aos anciãos?
Eu entendo suas explicações, quando se trata de perdão de pecados, no pleno sentido da palavra, por assim dizer (que só cabe a Deus). Por outro lado, quando se trata de (confessar) ou perdoar pecados, há outra aplicação. Isso faz lembrar do artigo Deus exige a confissão de pecados? Na revista w10 1/9 pp. 22-24.
Sobre essa outra aplicação, chega a citar que nesse sentido, até a confissão a um padre pode ter o seu valor. E justifica por fazer a citação:
AS OPINIÕES sobre esse assunto variam. Por exemplo, o jornal National Post do Canadá relata que uma pessoa que admitiu ser difícil falar a outra o que fez de errado, ainda assim disse que “há um sentimento muito bom em ter alguém para ouvir sua confissão, orar com você e lhe dizer o que fazer”.
O artigo menciona que na nação de Israel, havia o "arranjo" de confessar pecados a um sacerdote, que fazia sacrificios para a expiação em favor do pecador. — Levítico 5:1-6.
Afirma que a confissão de pecados continuou a ser um requisito de Deus na congregação cristã do primeiro século da Era Comum. Cita a oração que Jesus ensinou que inclui o seguinte pedido:
“Perdoa-nos os nossos pecados, pois nós mesmos também perdoamos a todo aquele que está em dívida conosco.” (Lucas 11:4)
Deus nos perdoará se nos aproximarmos dele e pedirmos perdão em nome de Jesus. — João 14:13, 14.
Também as palavas do apóstolo Paulo que lembrou aos seus companheiros cristãos:
“Tornai-vos benignos uns para com os outros, ternamente compassivos, perdoando-vos liberalmente uns aos outros, assim como também Deus vos perdoou liberalmente por Cristo.” (Efésios 4:32)
E traz as perguntas:
Mas o que dizer de pecados graves como roubo, mentira intencional, imoralidade sexual, embriaguez e assim por diante? A pessoa que comete pecados desse tipo está violando as leis de Deus e, portanto, pecando contra Deus. O que deve ser feito?
A quem devemos confessar nossos pecados?
Deus não autoriza os homens a perdoar pecados contra ele; só ele pode fazer isso.[/size] A Bíblia nos diz claramente:
“Se confessarmos os nossos pecados, [Deus] é fiel e justo para nos perdoar os nossos pecados e para nos purificar de toda a injustiça.” (1 João 1:9)
E que o perdão depende também da pessoa reconhecer que precisa de ajuda.
Aí entra a explicação da passagem de Tiago:
“Confessai abertamente os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para que sejais sarados.”
Ele acrescentou:
“A súplica do justo, quando em operação, tem muita força.” (Tiago 5:16
) O ‘justo’ pode ser um dos “anciãos da congregação”, aos quais Tiago se referiu no versículo 14. Para ajudar os que desejam obter o perdão de Deus, há na congregação cristã homens mais maduros, ou “anciãos” espirituais.
Não, esses “anciãos” não podem absolver pecados, porque nenhum homem tem autorização para perdoar um companheiro que pecou contra Deus.* No entanto, eles têm qualificações espirituais para repreender e reajustar uma pessoa culpada de pecado sério, ajudando-a a reconhecer a gravidade de seu pecado e a necessidade de arrependimento. — Gálatas 6:1.
Aqui de novo menciona-se os anciãos, ou homens mais maduros, que têm a responsabilidade de cuidar das necessidades do rebanho. Como? Não por simplesmente ouvir uma confissão. Em vez disso, é preciso fazer algo para que “o indisposto fique bom”, visto que se trata de uma doença espiritual.
(Hebreus 4:12) Por usar bem a Bíblia, os anciãos podem ajudar quem está doente em sentido espiritual a ver a causa do problema e a dar os passos necessários para corrigir a situação perante Deus.
Jesus Cristo disse que precisamos primeiro resolver qualquer problema com o nosso próximo e fazer as pazes antes de prestar adoração a Deus de consciência limpa. (Mateus 5:23, 24) Provérbios 28:13 diz:
“Quem encobre as suas transgressões não será bem sucedido, mas, ter-se-á misericórdia com aquele que as confessa e abandona.”
Entendo o que disse. Mas, não sei se é apenas impressão minha, o contexto dá entender que esta doença é literal e não espiritual. A prática de usar óleo para untar as pessoas doentes na época é apresentada no versículo.
Há alguém doente entre vós? Chame a [si] os anciãos da congregação, e orem sobre ele, untando-o com óleo em nome de Jeová.
Mas, talvez alguém diga: Se assim fosse, pra quê chamar os anciãos (homens maduros) para fazer isso? Então vejamos parte por parte o texto que segue:
E a oração de fé fará que o indisposto fique bom, e Jeová o levantará. Também,SE ele tiver cometido pecados, ser-lhe-á isso perdoado
Note, primeiro Tiago fala sobre a oração de fé sobre o doente e sua unção com óleo. Isto faria o indisposto ficar bom. Depois ele fala: "TAMBÉM, SE ELE TIVER COMETIDO PECADOS, SER-LHEÁ ISSO PERDOADO". A conjunção subordinativa condicional indica uma condição. Se a pessoa está doente em sentido espiritual convêm dizer que esta pecou. Mas, Tiago não disse que a pessoa pecou. Ele disse que ela estava doente e SE tivesse pecado isso seria perdoado. A continuação diz:
Portanto, confessai abertamente os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para que sejais sarados. A súplica do justo, quando em operação, tem muita força.
Não questiono o fato de uma pessoa se sentir melhor contando seus pecados a alguém. O versículo seguinte inclusive incentiva isso. Mas não fala dos anciãos especificamente.
Se aquele que confessa deve confessar abertamente...se quiser...onde está a necessidade de confessar nada aos anciãos e onde está a base bíblica para o tribunal judicativo conhecido como comissão judicativa? :geek:
A gente confessa a Deus, pois quem nos perdoa é Deus, a quem devemos é a Deus e quem nos julgará é Deus.
No final, não nos lembraremos das palavras, mas do silêncio dos nossos amigos.
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Re: Anciãos não "estabelecem infindáveis regras e procedimentos"

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Eduardo.TJ escreveu: É, querida MeExplica. Complicado.
O ponto base é o que a Bíblia citou que nem adúlteros, nem fornicadores, nem gananciosos, extorsores, etc, etc, etc, herdarão o reino da Xuxa de Deus.

Esse é o ponto principal no qual o CG define (sim, é ele quem define) quais pecados são graves, ou não.
No entanto, a Tagarelice também é tida como pecado sério, muitas vezes, passivo de comissão judicativa. Só que raramente vemos os anciãos fazerem comissão para esse tipo de transgressão, até porque, nesse caso, eles teriam que meter 90% ou mais da congregação em comissões, incluindo as suas esposas.
Esse é o ponto. Eles usam um único texto pra dar base de escolha de apenas dois ou três, dentre uma gama de pecados, como sendo os que merecem a aplicação da pena maior das TJs, a desassociação. (se eles pudessem, aposto que teria pena de morte igual no antigo Israel, rs.) Mas se você aceitar transfusão de sangue deliberadamente, você também é desassociado, e nesse texto que eles usam como base, não cita isso. Afinal, ali diz que os injustos não herdarão o Reino de Deus, e tem muito irmão que bebe, extorque, comete injúrias, é ganancioso SIM, e esses etc...mais que você cita. A cada pergunta a mais que faço, percebo que tem muita coisa errada aí. E no meu caso, embora meu ex não me batesse, não era capaz de prover sustento suficiente e nem administrar o lar como um cristão deveria. Não tomava decisões, nada, tudo na minhas costas, até emprego. Não se cuidava, não tinha higiene. Sem contar que mentia pra caramba e eu não suporto isso. Não aguentei, o amor acabou e eu pulei fora. E aí? Vou ser destruída por causa disso? Tem tanta gente fazendo coisa pior com gente inocente por aí...E tem muito marido TJ que não atende as necessidades emocionais da esposa achando que por causa da religião a esposa não vai largar. Depois acabam levando um pé, mas continuam na congregação como as vítimas inocentes, pagam de bonzinho, fazendo pra outra mulher tudo e um pouco mais do que não fizeram pra manter o amor e salvar o casamento anterior. E as esposas que se separam como eu, acabam sendo as @#%#%¨¨$@. Falam que quem se separa não encara o casamento como sagrado, nem a Jeová como importante.Por isso, que hoje essas perguntas ficaram rodando na minha cabeça, enquanto eu tentava não me sentir culpada a cada parágrafo da revista e a cada comentário dado.
Creio que tudo isso que acontece com a gente lá, faz sim parte de uma infindável lista de regras e procedimentos impostas por anciãos e pelo CG, tanto de forma explícita como de forma subliminar, agindo assim como amos da fé de muita gente.
O que é certo? O que é errado?

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Re: Anciãos não "estabelecem infindáveis regras e procedimentos"

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James2013 escreveu:Questiono-me meus queridos: qual é a base bíblica para a instauração de uma comissão judicativa? Alguém já viu na Bíblia alguma mínima evidência da existência de uma comissão judicativa? Verdadeiramente, o fato é que este é mais um dos procedimentos desprovidos de embasamento bíblico. Pelo contrário, confira o texto de Tiago 5:14-16. Primeiro esses versículos não estão incentivando ninguém a confessar pecados aos anciãos.
Bingo!
d:4
Quando eu era adolescente, o pessoal brincava chamando a sala b, onde eram realizadas as judicativas na minha então congregação, de salinha do sinédrio. Analisando hoje, essa brincadeira revela a mais pura verdade. As únicas mensões bíblicas sobre reuniões judicativas semelhantes as feitas hoje pelas testemunhas de Jeová, citam os fariseus e saduceus membros do sinédrio, onde eram feitos os julgamentos religiosos de pessoas e bem sabemos que Jesus foi levado a um julgamento desses e que neste ele foi torturado, humilhado e posteriormente entregue para ser morto. Também sabemos como os fariseus e saduceus, líderes religiosos da época, incubidos dessas judicativas eram considerados por Deus e por Jesus Cristo. Basta ler Mateus cap. 23. Vou citar um trecho, os versículos 13 ao 15: "Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! porque fechais o reino dos céus diante dos homens; pois, vós mesmos não entrais, nem deixais entrar os que estão em caminho para entrar.“Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! porque percorreis o mar e a terra seca para fazer um prosélito, e, quando se torna tal, fazeis dele objeto para a Geena duas vezes mais do que vós mesmos."
E não é isso o que se faz hoje na organização TJ? Pregação e proselitismo pra tornar uma pessoa TJ a todo custo, e depois quando a pessoa tá la dentro, fazem dela um objeto condenado à geena, quando o pecador mesmo arrependido não recebe ajuda, é desassociado e desprezado, a ponto de ser falado na tribuna que não é correto nem orar por tal pessoa. Afirmam que um desassociado já está com a salvação perdida. É só prestar atenção e vemos como realmente podemos cair no laço do mal e sermos enganados por tanto tempo.
O que é certo? O que é errado?

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James2013
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Re: Anciãos não "estabelecem infindáveis regras e procedimentos"

Mensagem não lida por James2013 »

Mexplica escreveu: é desassociado e desprezado, a ponto de ser falado na tribuna que não é correto nem orar por tal pessoa. Afirmam que um desassociado já está com a salvação perdida. É só prestar atenção e vemos como realmente podemos cair no laço do mal e sermos enganados por tanto tempo.
Essa última pérola que saiu no EBC é "brincadeira". E ainda teve irmão que tem filho desassociado dizendo que não era correto orar por eles no comentário quando o dirigente perguntou se podia. Pode? A vontade que dá é: m:2
No final, não nos lembraremos das palavras, mas do silêncio dos nossos amigos.
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Pássaro
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Re: Anciãos não "estabelecem infindáveis regras e procedimentos"

Mensagem não lida por Pássaro »

Muitas dessas coisas citadas acima sobre desassociados e outros questionamentos são a mais pura realidade da seita! Uma seita que invalida o cristianismo e inventa o que quer e não pode ser questionada!
O barco da torre tá afundando?
tjpesquisador
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Re: Anciãos não "estabelecem infindáveis regras e procedimentos"

Mensagem não lida por tjpesquisador »

Ao meu ver a prática de correção ao pecado deliberado dentro da congregação deva existir. O apóstolo Paulo, por exemplo, criticou a igreja de Corinto por tolerar que um homem que vivia em pecado com a esposa de seu pai não fosse repreendido publicamente (1 Cor 5:1-5) e recomendou que ele fosse corrigido. Também, duras repreensões foram dadas a alguns homens/mulheres das igrejas que estavam andando de forma errada para com o verdadeiro ensino de Cristo (2 Tim 2:16-18). Portanto, penso que existe base bíblica para a repreensão/excomunhão de algum membro que se comporta contrário à Bíblia. No entanto, a estrutura da Torre ao meu ver e o modo como ela aplica a correção é que é errada. Se os pecados fossem relatados apenas para que a igreja soubesse que tal pessoa está em desacordo com a doutrina cristã e ela parasse de comungar (sim, pão e vinho) com a igreja até dar sinais de arrependimento, ou seja, parasse de pecar deliberadamente, acho que estaria bom. Mas, a Torre precisa "queimar" a pessoa na fogueira da sala B, obrigar todos a não falarem com ela. Do jeito que a coisa é posta, a pessoa parece que fica humilhada e longe de Jeová até que os anciãos decidam que ela pode ou não voltar, ou seja, até que eles decidam se Jeová já a perdoou ou não.
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