mayhra escreveu:A questão é muito séria e envolve pelo menos quatro aspectos cruciais:
1º) Se a atitude de gritar diante de uma violação sexual é tão clara para o cristão HOJE EM DIA, então por que o Corpo Governante mudou a orientação diversas vezes? .....
2º) Será que A Sentinela deve ser o meu guia, ditando minha consciência cristã nesse e em outros assuntos pessoais? A Sentinela não é tão somente uma revista com artigos escritos por homens e com interpretação de homens?
3º) As Escrituras hebraicas e a lei mosaica não constituem mandamentos para os cristãos. Está certo que podemos meditar sobre estas Escrituras e aprender muitas coisas, mas, EVIDENTEMENTE, a forma cristã de considerar os assuntos é outra. Um exemplo disso é como Jesus tratou uma adúltera que, segundo a lei mosaica, estava prestes a ser apedrejada até a morte (João 8).....
4º) A orientação de gritar, conforme a situação, pode ser uma saída excelente, assim como cagar nas calças e vomitar. Porém, se a vítima não conseguir gritar, será que a lei de Moisés autoriza a JULGARMOS o cristão ou cristã que sofreu violência sexual? Não foi isso que Cristo nos ensinou! O irmão que age de forma rude e policialesca diante de uma vítima de estupro, não só não sabe nada sobre Cristo como está muito longe do amor do Pai.
Deus é amor. Todo aquele que permanece no amor permanece em Deus, e Deus nele.
1 João 4:16
Mahira, quero aproveitar aqui para elogiar o elevado nivel das suas postagens, refletindo muita inteligencia. Só acho que as vezes voce deixa de exercer essa sua "faculdade de raciocinio" e perspicacia própria quando se trata de argumentar sobre assuntos por assim dizer, mais doutrinais. Nesses casos parece que voce prefere "emprestar" algumas interpretações mais "conciliáveis" ou que não entre em confitos com o entendimento moderno. (Em outro momento poderemos tratar disso).
Mas vamos no ater a este assunto. Permita-me Comentar um pouco sobre os seus "topicos" acima.
A questão é muito séria e envolve pelo menos quatro aspectos cruciais:
1º) Concordo plenamente que não pode haver contradições ao tentar explicar sobre algum assunto bíblico. Deve haver a melhor harmonização possível, até porque se atribui a Deus a sua inspiração, e portanto, Deus não pode se contradizer. Com isso em mente, sempre busquei analisar bem as publicações que parece, ora falar uma coisa, ora outra sobre o mesmo assunto, causando confusão. E neste caso que estamos considerando, eu não vejo que em momento algum dogmatizou-se que em casos de estupro, ‘se gritar ta salva’ e se ‘não gritar está condenada’, o que parece estar intecionando-se passar aqui.
(assim como no caso da revista mencionada por voce que citei o conteúdo)Vejo sim, tentativas da parte da Torre em tratar de um assunto difícil, onde foram consideradas diversas situações e que não dá para criar regras especificas sobre como agir.
2º) E concordo com você. A Sentinela não é nosso guia. Entendo que seu objetivo em tratar de assuntos difíceis, deveria apenas para estimular que cada cristão siga o conselho de
Hebreus 5:11 a 14 ao tomar decisões em suas vidas: O texto diz
“Teríamos muita coisa a dizer sobre isso, e coisas bem difíceis de explicar, dada a vossa lentidão em compreender... A julgar pelo tempo, já devíeis ser mestres! Contudo, ainda necessitais que vos ensinem os primeiros rudimentos da palavra de Deus; e vos tornastes tais, que precisais de leite em vez de alimento sólido! Ora, quem se alimenta de leite não é capaz de compreender uma doutrina profunda, porque é ainda criança. Mas o alimento sólido é para os adultos, para aqueles que a experiência já exercitou na distinção do bem e do mal”.
(A Biblia Catolica Ave Maria – online).
3º) As Escrituras hebraicas e a lei mosaica não constituem mandamentos para os cristãos. Está certo que podemos meditar sobre estas Escrituras e aprender muitas coisas, mas, EVIDENTEMENTE, a forma cristã de considerar os assuntos é outra. Um exemplo disso é como Jesus tratou uma adúltera que, segundo a lei mosaica, estava prestes a ser apedrejada até a morte (João 8)....
Mas não foi esse o objetivo da revista citada. Harmonizar o texto citado com a realidade atual para os cristaos? Ou em algum momento a Sentinela diz que tem que apedrejar a mulher estuprada que não grita?
Que acham do relato abaixo? (O mesmo se aplica ao 4º ponto).
Para entender a aplicação de Deuteronômio 22:23-27, temos de reconhecer que este breve relato não abrange todas as situações possíveis. Por exemplo, não comenta a situação em que a mulher atacada não consegue gritar porque é muda, está inconsciente, paralisada pelo medo, ou porque o agressor tapou-lhe a boca com a mão ou com fita adesiva. No entanto, visto que Jeová é capaz de avaliar todos os fatores, inclusive as motivações, ele é compreensivo e justo ao tratar esses casos, pois “todos os seus caminhos são justiça”. (Deuteronômio 32:4) Jeová está a par do que realmente aconteceu e dos esforços da vítima para resistir ao agressor. Por isso, a vítima que não conseguiu gritar, mas que de outro modo fez tudo o que pôde naquelas circunstâncias, pode deixar o assunto nas mãos de Jeová. — Salmo 55:22; 1 Pedro 5:7.
Mesmo assim, algumas cristãs que foram atacadas e violentadas são constantemente atormentadas por sentimentos de culpa. Refletindo sobre o caso, acham que deviam ter feito mais para impedir o incidente. Mas, em vez de se culparem, essas vítimas podem orar a Jeová, pedindo a sua ajuda e confiando na sua abundante benevolência. — Êxodo 34:6; Salmo 86:5.