Leila escreveu:O pano de fundo pra esse assunto é extremamente machista. Vindo da Torre porém, não surpreende.
Como se fosse simples assim.
Há de se levar em consideração se o criminoso está armado, se a vítima consegue gritar por ter tido a boca tampada, se o local era ermo ou tinha isolamento acústico, se foi atacada por mais de uma pessoa, etc.
Novamente, ao invés de prestar ajuda prática, a Torre ainda dá margem pra vítima sentir-se culpada ou até mesmo ser expulsa (caso a história não seja, digamos, convincente).
Sherazade escreveu:Mahyra...você não imagina o quanto eu queria um artigo assim, belo achado!
Semana passada estavamos comentando sobre tais artigo.
Muito nojento isso!
Vamos dar uma "chance" pra Torre aí. A maioria das revistas citadas não tratam desse assunto (pode ser que se enganaram). Mas Leila, pelo menos uma das revistas citadas prevê as tais situações mencionadas por você. Voce viu? Vamos lá!
Pessoal que acessa o forum.
Perguntas dos Leitores W 01/02/03 PAG 30
Por que a Bíblia diz que a pessoa deve gritar quando ameaçada de estupro?
A pessoa que nunca sofreu o horror de ser brutalmente atacada por um estuprador jamais consegue realmente entender como isso pode ser traumatizante. Passar por isso é tão aterrorizante para a vítima, que pode perturbá-la pelo resto da vida. Uma jovem cristã, que há alguns anos foi atacada por um estuprador, conta: “Não há palavras para descrever o pavor que senti naquela noite, nem o trauma com o qual tenho de lidar desde então.” É compreensível que muitos preferem nem pensar neste assunto amedrontador. Todavia, a ameaça de estupro é uma realidade neste mundo iníquo.
A Bíblia não hesita em contar casos de estupro e de tentativas de estupro que ocorreram na antiguidade. (Gênesis 19:4-11; 34:1-7; 2 Samuel 13:1-14)
Mas ela dá também conselhos sobre o que se deve fazer quando ameaçado de estupro. O que a Lei dizia sobre o assunto se encontra em Deuteronômio 22:23-27. Isto abrange duas situações. No primeiro caso, o homem encontrou uma moça numa cidade e se deitou com ela. Mesmo assim, a moça não gritou pedindo ajuda. Em conseqüência disso, ela foi considerada culpada, “por não ter gritado na cidade”. Se tivesse gritado, poderia ter sido socorrida. No segundo caso, um homem encontrou uma moça no campo, onde ele “a agarrou e se deitou com ela”. Em defesa, a moça “gritou, mas não houve quem a socorresse”. Ao contrário da mulher no primeiro caso, esta moça claramente não cedeu às ações do atacante. Resistiu a ele ativamente, gritando por ajuda, mas foi dominada. Seus gritos provaram que ela foi uma vítima inocente, sem culpa de transgressão.
Embora os cristãos hoje não estejam sob a Lei Mosaica,
os princípios mencionados nela lhes dão orientação. O relato mencionado acima salienta a importância de se resistir e de gritar por ajuda. Gritar diante da ameaça de estupro ainda é considerado um proceder sábio. Certo perito em prevenção contra o crime declarou: “Quando uma mulher é atacada, sua melhor arma ainda são seus pulmões.” Os gritos duma mulher podem chamar a atenção de outros, que podem então ajudá-la, ou seus gritos podem assustar o atacante e fazê-lo ir embora. Uma jovem cristã que foi atacada por um estuprador conta: “Gritei com toda a minha força, e ele recuou. E quando ele avançou novamente, gritei e corri. Antes muitas vezes eu pensava: ‘De que adiantaria gritar se eu fosse agarrada por um homem forte determinado a me estuprar?’ Mas aprendi que funciona!”
Mesmo no triste caso de uma mulher ser dominada e estuprada, sua luta e seus gritos por ajuda não são em vão. Ao contrário, isso confirma que ela fez tudo o que pôde para resistir ao agressor. (Deuteronômio 22:26)
Apesar de passar por essa provação, ainda pode ter a consciência tranqüila, amor-próprio, e a garantia de estar limpa aos olhos de Deus. Esse acontecimento horrível pode deixar seqüelas emocionais, mas saber que fez tudo o que pôde para resistir ao ataque contribuirá muito para ela superar o problema gradualmente.
Para entender a aplicação de Deuteronômio 22:23-27,
temos de reconhecer que este breve relato não abrange todas as situações possíveis. Por exemplo, não comenta a situação em que a mulher atacada não consegue gritar porque é muda, está inconsciente, paralisada pelo medo, ou porque o agressor tapou-lhe a boca com a mão ou com fita adesiva. No entanto, visto que Jeová é capaz de avaliar todos os fatores, inclusive as motivações, ele é compreensivo e justo ao tratar esses casos, pois “todos os seus caminhos são justiça”. (Deuteronômio 32:4) Jeová está a par do que realmente aconteceu e dos esforços da vítima para resistir ao agressor. Por isso, a vítima que não conseguiu gritar, mas que de outro modo fez tudo o que pôde naquelas circunstâncias, pode deixar o assunto nas mãos de Jeová. — Salmo 55:22; 1 Pedro 5:7.
Mesmo assim, algumas cristãs que foram atacadas e violentadas são constantemente atormentadas por sentimentos de culpa. Refletindo sobre o caso, acham que deviam ter feito mais para impedir o incidente. Mas,
em vez de se culparem, essas vítimas podem orar a Jeová, pedindo a sua ajuda e confiando na sua abundante benevolência. — Êxodo 34:6; Salmo 86:5.
Portanto, as cristãs que atualmente lidam com as seqüelas emocionais resultantes da agressão que sofreram de um estuprador podem confiar que Jeová compreende seus sentimentos dolorosos.
A Palavra de Deus lhes assegura: “Perto está Jeová dos que têm coração quebrantado; e salva os que têm espírito esmagado.” (Salmo 34:18) Elas podem receber ajuda adicional para lidar com o trauma por aceitarem a compreensão sincera e o apoio bondoso de irmãos na fé. (Jó 29:12; 1 Tessalonicenses 5:14) Além disso, por se esforçarem para se concentrar em pensamentos positivos, poderão sentir “a paz de Deus, que excede todo pensamento”. — Filipenses 4:6-9.