Eu lutei bravamente, durante anos, face ao meu (pre)conceito contra o ateísmo. Sim, preconceito. Logo eu que luto ainda mais contra o preconceito.wlifeson escreveu:
Se existe um deus, ele não tem interesse nenhum em dirimir esta contradição desgraçada entre as religiões.
Se existe um Jesus, ele não está nem ai em se revelar e sanar a dúvida de qual a doutrina ou qual a interpretação está correta.
Jesus foi tão real e se preocupou tanto com a humanidade, com a vida eterna, que não deixou nada escrito ou algum sinal de sua existência, simplesmente fatos e boatos ou supostos "DIZ QUE".
É complicado. Fico abismado como pessoas, como os cristãos saem ao mundo portando palavras que julgam ser palavras de libertação sendo que nem entre eles mesmos há consenso e coerência naquilo que acreditam.
Não é fácil sair da ilusão de proteção divína, porque é reconfortante, encoraja o idealismo e apresenta algumas respostas prontas, o que denominaria um senso de conformismo.
Sim, beirei o conformismo. Qual TJ não beirou?
Ainda não tenho certeza se sou atéia ou agnóstica, mas se fôr para tentar conceitualizar algum deus, tem que estar muito distante do Jeová da bíblia, deus dos Judeus.
Essa necessidade humana de definir Leis de conduta que prestam vassalagem ao conformismo, e formação de sistemas que funcionam por "castas", soa-me a algo megalómano.
Se o tal do Nazareno (Jesus) de fato existiu, então o apóstolo Paulo reconstruíu todo o sistema que ele tinha desconstruído: o judaico, ainda que com nova roupagem.
E é fácil de ver qual foi o sistema eleito pela cúpula das TJ.
Ou, seja, eu não deixei de ser TJ para me tornar atéia. Eu deixei de ser TJ por me recusar a viver segundo ideais judaicos, ainda que de séculos retrasados. Simples assim.