Basicamente tratava de mudanças ocorridas na Torre ao longo das décadas - sob a perspectiva e experiência de cada forista.
Tomei a liberdade de selecionar alguns desses comentários e agrupá-los em 7 temas.
Se alguém desejar acrescentar outras mudanças, fique à vontade.
1) REUNIÕES:
• Na Escola do Ministério Teocrático tinha nota para os discursos. "A" de Aprimore (uma vez levei um por que o Dirigente da Escola ficou magoado comigo); "B" de Bom e "M" de Melhorou. Não existe mais nota. (Diego Rutherford)
• No meu tempo, o Discurso Público era de 45 min, hoje 30 minutos. (Diego Rutherford)
• No meu tempo, na visita do superintendente havia uma parte chamada "Continua nas Coisas que Aprendestes". (Diego Rutherford)
• No meu tempo, quando o estudante recebia conselho na Escola, após fazer uma parte, ele tinha de ficar de pé de frente para o orador. (Diego Rutherford)
• No meu tempo, quando alguém era convidado a fazer a oração final, não subia ao palco, ficava no microfone, embaixo, voltado para a tribuna. (Diego Rutherford)
• entoava-se os cânticos tão desafinados que dava pra batizar as tjs de "inimigos do ritmo" ou "os desarmônicos da torre" (Kyho)
• mudou-se o esquema das perguntas na recapitulação da escola do ministerio teocratico. (Cabraldestroyer)
• o discuro numero 2 agora é de 4 minutos e só se faz a leitura, (Cabraldestroyer)
• agora tem o discurso Caracteristica de Oratoria. (Cabraldestroyer)
• os Discursos Públicos eram de 1 hora; (Erreve)
• era difícil haver uma congregação no seu bairro e mais ainda perto de onde você morava; (Erreve)
• o treinamento para discursos e serviço de campo se chamava Escola do Ministério Teocrático depois passou a ser Escola Teocrática e depois voltou a se chamar Escola do Ministério Teocrático; (Erreve)
• Começávamos nossa participação na escola do ministério teocrático assim que aprendíamos a ler. (Johannes)
• No meu tempo tinha o assistente do dirigente da escola, que ficava com um cronômetro na mão. (Reginaldo)
• Na folha de conselho vinha junto a folha da designação com anotações a mais no verso. Era risível, sempre vinha algo como: "Vc passou 5 segundos de sua parte, procure ser mais pontual." ou "Vc tinha mais 15 segundos para incrementar. Aproveite melhor seu tempo". O dirigente da escola na época era maluco, usava um cronômetro profissional e queria que o tempo fosse cravado. (Reginaldo)
• Na escola recebíamos notas que eram F, R, B e E: F=fraco, R=regular, B=bom e E=excelente e ficávamos em pé diante da tribuna, como num tribunal mundano; (Romeu)
• As reuniões de serviço e escola eram na quinta-feira e duravam duas horas, das 19h30 às 21h30; os discursos públicos, aos domingos, duravam uma hora e o estudo da Sentinela, mais uma; (Romeu)
• Se o memorial caísse de domingo, antes havia o estudo da Sentinela; (Romeu)
2) ASSEMBLÉIAS E CONGRESSOS:
• Era proibido levar comida para os congressos. Quem fazia isso era mal-visto. Tinha de consumir a comida vendida pela Torre no local do congresso ou assembléia. Compravam-se fichinhas numa fila quilométrica, e depois entrava-se em mais uma para o hambúrguer, noutra para o refrigerante, e assim por diante. Era um tal de furar fila que só o amor característico da tejotaiada pra explicar. (Jerry)
• vendia-se comida nas assembléias sem o devido recolhimento de ICMS (antigo ICM) (Kyho)
• as Assembléias de Circuito começavam na 6ª feira à noitinha e terminavam no domingo à noite; (Erreve)
• os Congressos de Distrito se chamavam "Assembléia" e duravam 4, 5 e até 7 dias inteiros (no caso das Assembléias Internacionais) e eram sempre nos meses de verão (Janeiro), quando o calor era insuportável; (Erreve)
• as assembléias eram programadas em clubes e estádios pouco mais que miseráveis, imundos, depredados cujo aluguel era caríssimo e muitas vezes com decoração do carnaval ainda brilhando por trás da tribuna do orador; (Erreve)
• não havia assembléias internacionais no Brasil. A primeira foi em 1967, "Boas Novas Eternas", no estádio do Pacaembú, em S. Paulo, onde foi lançado o Livro Vida Eterna, na Liberdade dos Filhos de Deus, livro em que a cronologia bíblica fora revista e se chegou á conclusão que os 6.000 anos da criação do homem terminavam em 1975 e foram anunciados os preparativos para a mudança de Betel da Rua Licínio Cardoso, no Rio de Janeiro, para Vila Mariana, em São Paulo (Bosque da Saúde); (Erreve)
• Nos congressos e assembléias nosso trabalho era recolher em dupla (cada um segurando um lado de um engradado de plastico ou madeira; os de madeira não davam tanto "status" entre os recolhedores de garrafas mirins! Hehe!) as garrafas vazias que ficavam no meio da assistência. Esse é um serviço que me brindou com boas recordações (talvez o único)! (Johannes)
• A gororoba nos congressos era servida em "espécie"... (Redentor)
• Assembléia era no Ginásio do Ibirapuera e congresso no Estádio do Pacaembú, não existiam os salões de assembléia; (Romeu)
• A comida dos intervalos de almoço e janta (isso mesmo, tinha a janta, pois ia até as 21h45), eram comidas mesmo, em grandes panelões de alumínio e bandeijas de aço inox, que nem a dos presidiários americanos, igualzinho, sem tirar nem por, até a fila; (Romeu)
3) PUBLICAÇÕES:
• Publicações tinham preço tabelado, e nos tempos da inflação galopante, antes de 1994, chegava tabela com preço novo todo mês. (Jerry)
• Não se trocavam publicações por qualquer coisa. Ou a tejotinha dava a publicação e pagava de seu bolso, ou vendia mesmo. (Jerry)
• A Despertai era publicada duas vezes por mês. (Jerry)
• Não tinha uma Sentinela para o grande público e outra para assuntos internos. (Jerry)
• o Cancioneiro utilizado era um que o Percy trouxe para cá, que continha trechos de músicas de Beethoven, Weber e outros grandes compositores, depois taxados de Babilônia a Grande; (Erreve)
• as revistas eram publicadas com 6 ou mais meses de diferença das revistas em inglês e nem todos os artigos publicados em inglês saiam em português o mesmo acontecia com os livros (nem todos, do meu tempo, foram publicados em português); (Erreve)
• O primeiro livro que líamos na vida era o Histórias Bíblicas (livro muito bonito, mas de conteúdo horrendo). (Johannes)
• No meu tempo tive que estudar 2 livros para me batizar: O Viver para sempre e depois Unidos na adoração. Este último com ainda não tinha terminado continuei mesmo após o batismo. Na quela época acho que as tj tinham mais conhecimento do que agora. (Rose)
• Estudava-se o livro "Do Paraíso Perdido ao Paraíso Recuperado" e assistia-se ao Fotodrama da Criação. (Redentor)
• A Sentinela e Despertai! eram quinzenais, vinham enroladas em maços de 50 unidades e o objetivo principal era fazer assinaturas de tais, que vinham pelos correios ou pro salão, pros jumentos irem entregarem aos assinantes; (Romeu)
• O livro pra conquistar fiéis era Do Paraíso Perdido, Ao Paraíso Recuperado, do tamanho do Revelação e com imagens aterradoras, principalmente para uma criança; (Romeu)
• Os formulários para angariar assinaturas era um azul (A Sentinela) e um amarelo(?) (Despertai!); (Romeu)
• O livro de estudo (terças) era o Seja Deus Verdadeiro, de capa marron; (Romeu)
• A Bíblia utilizada era a JFA para o antigo testamento e a Tradução do Novo Mundo das Escrituras Gregas (só tinha o novo testamento). N. do R.: JFA porque era a única que trazia o nome Jeová; (Romeu)
4) PREGAÇÃO / RELATÓRIOS :
• No meu tempo agente fazia o relatório de campo e depositava numa caixinha, perto das contribuições, hoje a gente entrega ao Superintendente de Estudo de Livro. (Diego Rutherford)
• No meu tempo a hora de pioneiro regular era 90 (hoje 70), auxiliar 60 (hoje 50). (Diego Rutherford)
• No meu tempo o livro de fazer discipulos era "Poderá Viver Para Sempre no Paraíso na Terra". (Diego Rutherford)
• No meu tempo tinha que entregar um relatório de estudo com os dados do estudante, hoje não precisa. (Diego Rutherford)
• No finde, e às vezes durante a semana, a gente podia ver aquele bando de Tjs saindo do SR, rumo à pregação de casa em casa. Hoje dificilmente aparece alguém pregando por aí... (Jeza)
• o livro para os estudantes era o Podera viver pra sempre, depois mudou para o Conhecimento q conduz a vida eterna (responsável pela boa parte de tj de hoje sem muita qualificaçao biblica) agora o livro de estudo é o Biblia Ensina. (Cabraldestroyer)
• o livro que convertia as pessoas era Do Paraíso Perdido ao Paraíso Recuperado. Havia um certo charme no nome desse livro que se inspirou no Paraíso Perdido de Milton
; (Erreve)• Começávamos nossa participação no serviço de campo como tocadores de porta e campainhas, depois passávamos a entregar tratados. (Johannes)
• Tínhamos que preencher três relatórios: de campo, de revisita e de estudos; (Romeu)
• A saída de campo era nos mesmos locais dos estudos de livros e começava às 8h com a consideração do Texto Diário (hoje o Examine) que vinha na parte de trás da Sentinela. O comentário vinha a referência da revista que íamos procurar naquele monte, pra poder ler; (Romeu)
5) TORRE / ANCIÃOS :
• A Torre era chamada de "Sociedade", e não "Associação". (Jerry)
• Não existiam sites e fóruns apóstatas; (Jerry)
• Os apóstatas não sabiam das mudanças antes das tj' comuns. (Jerry)
• os cursos de ancião duravam 15 dias; (Erreve)
• os anciãos eram chamados de Servos: Servo de Congregação, Servo Ajudante, Servo de Circuito, Servo de Distrito, Servo de Estudo de livro; (Erreve)
• Sperintendente era só o presidente, os demais eram servos de livro, de estudo e ajudante, esse último o segundo da hierarquia; (Romeu)
• Superintendentes viajantes eram servos de circuito (cobria a cidade), servos de distrito (cobria os estados) e tinha um outro que viajava pelos países, não me lembro o nome dado; (Romeu)
• No meu tempo era Dirigente de Estudo de Livro, hoje é Superintendente de Estudo de Livro. (Diego Rutherford)
• No meu tempo, homem qualificado dava cabeçada no Salão, hoje tá escasso pácas. (Diego Rutherford)
6) ENSINOS :
• O restante ungido estava diminuindo, e não aumentando. (Jerry)
• Os habitantes de Sodoma e Gomorra seriam ressuscitados. (Jerry)
• No meu tempo, a geração que viu os acontecimentos de 1914 não passaria. (Diego Rutherford)
• No meu tempo o número dos ungidos tinha completado em 1935. (Diego Rutherford)
• No meu tempo já estava havendo a separação das ovelhas e dos cabritos. (Diego Rutherford)
• No meu tempo era proibido aceitar frações de sangue. (Diego Rutherford)
• No meu tempo era proibido serviços militares alternativos. (Diego Rutherford)
• No meu tempo era proibido o uso daquela máquina que faz circular o nosso sangue. (Diego Rutherford)
• No meu tempo para ser ungido tinha que ser velhinho, hoje tá cheio de ungido de 30 anos de idade. (Diego Rutherford)
• No meu tempo, a Obra de Pregação iria terminar ainda no século XX. (Diego Rutherford)
• Raramente alguém cursava facul. Caso o fizesse, era visto como rebelde, fraco na fé! (Jeza)
• eu acreditava que poderia viver para sempre no Paraíso na Terra... (Erreve)
• A geração de 1914 não passaria, argumento muito utilizado por minha instrutora para me "incentivar " ao batismo. (Rose)
• Não era proibido fumar. Pobre D. Nila, foi batizada fumando e desassociada por não conseguir para depois que a Sociedade mudou a orientação. (Redentor)
• Não podia aceitar sangue ou seus derivados. Uma irmã que recebeu, inconscientemente uma transfusão (ELA NÃO SABIA), entrou em parafuso porque foi evitada como se fosse uma leprosa, ela chorava copiosamente se culpando desse "pecado grave"; (Romeu)
7) COSTUMES / COMPORTAMENTO :
• No meu tempo as irmãs mandavam costurar roupas especiais para as reuniões, lindas, compridas e estampadas de seda e javanesa. Hoje elas vão de blusa de malha ou de lycra ,de alça, comprada na Saara. (Diego Rutherford)
• As irmãs Tjs usavam conjuntinhos de linho, crepe ou lã, o famoso tailleur. Agora são mais basiquetes! (Jeza)
• Dificilmente notávamos jovenzinhas modernex. Hoje, basta dar um olhada nos albums orkutianos das meninas e dos meninos. Alguns nem de longe lembram ser Tjs...hehehe. (Jeza)
• Raramente a gente via TJs como existem aqui, liberais e parceiros da Turma do Mal...rs. A maioria que acessava os fóruns para conversar com dissidentes eram pessoas sem noção. (Jeza)
• No meu tempo as irmãs Tjs não usavam chapinha nos cabelos... Faziam escova ou simplesmente usavam molhadinhos... (Jeza)
• No geral éramos encarados como mini-adultos em nossas responsabilidades teocráticas. A pergunta que regrava nossa conduta era: "Oque Jesus faria?". Essas liçõezinhas de moral eram bastante batidas no livro Escute o Grande Instrutor (livro de layout horroroso para o público infantil, e de conteúdo sonífero), que era o segundo livro de nossas vidas. (Johannes)
• Não tínhamos liberdade de escolha. A Torre ensinava aos nosso pais que eles eram responsáveis por nossa salvação, e isso fazia com que os pais fossem muito rígidos com os filhos. Não lembro de nenhuma criança com pais TJ's que pudessem escolher ficar em casa ao invés de ir nas reuniões, simplesmente não tínhamos escolha. (Johannes)
• Fazer uma ponta em alguma parte nas reuniões (nem que fosse subir no palco para acompanhar um adulto em alguma encenação de serviço de campo) fazia com que ganhássemos um status de "adulto" entre as outras crianças. E a inveja nos olhos das outras crianças era algo vísivel e isso me enchia de orgulho (embora eu não pudesse ter esse sentimento! Eu estava aprendendo sobre a hipocrisia cristã! Hehe!). (Johannes)
• O primeiro discurso era como um ritual de iniciação em uma tribo. Todas as crianças não descansavam enquanto não estreassem na tribuna. Nessas ocasiões se tiravam fotos (eu tenho a minha, um dia desses eu posto aqui! Hehe!) e para as crianças-prodigios tinha uma recepçãozinha ou festa depois da reunião! (Johannes)
• E os irmãos eram mais zelosos, muitas brincadeiras teocráticas, os jovens na sua maioria eram pioneiros, hoje parece outra organização... (Rose)
• Primo podia casar-se com prima. Pobre do meu instrutor José Francisco. Com tudo pronto pro casamento teve que abortar a operação. (Redentor)
• Toda a semana tinha uma festinha na casa de alguma "irmã", que procurava marido, chatas pacas; (Romeu)
• Íamos à assembléia com o intuito de paquerar as irmãzinhas e, para impressionar, levávamos um "gravador K7" para gravar os discursos (Romeu)
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